sábado, 25 de abril de 2009

Crítica de filme: [Rec]

Em 2007, [Rec] foi lançado na Espanha e no resto da Europa e foi um grande sucesso. Os americanos, ao invés de importarem o filme para colocar nos cinemas, compraram os direitos e o refilmaram, para lançamento em 2008. Recebeu o nome de Quarantine (Quarentena). Não vi a versão americana ainda mas já me disseram que é quase quadro-a-quadro o filme espanhol mas só que falado em inglês. Patético...

De toda forma [Rec] é uma espécie de irmão mais novo, mais inteligente, mais bacana e mais amedrontador do que Blair Witch Project e Cloverfield. A execução é idêntica nos três casos: câmera na mão + situação de horror e suspense. [Rec], porém, em toda sua simplicidade, oferece uma experiência que realmente assusta, diferentemente de seus similares, isso se você conseguir ignorar - ou suportar - o treme treme da câmera.

Tudo começa com uma repórter e seu câmera fazendo uma reportagen para o programa espanhol "Mientras Usted Dorme" (Enquanto Você Dorme) sobre uma noite no corpo de bombeiros de Barcelona. Em uma chamada aparentemente rotineira, os dois, junto com a equipe de bombeiros, ficam presos em um prédio residencial que foi lacrado sob suspeita de alguma estranha epidemia. Junto com eles estão dois policiais e os moradores. Logo a coisa começa a desandar e as mortes vão se avolumando. 

O filme tem apenas 75 minutos e a trama - muito simples - se desenrola com eficiência e sem deixar tempo para respirar. É entrar no prédio para as mortes começarem. Diferentemente de Blair Witch Project - e BEM diferente de Cloverfield - o senso de realidade é muito bacana e bem feito em [Rec]. Apesar das descobertas "sobrenaturais", o filme se mantém interessante e desesperador até o final. Aliás, vale dizer que os 10 minutos finais, quase que totalmente no escuro, são de roer as unhas. É perturbador o que vemos ou o que não vemos...

[Rec] mostra que não é necessário um orçamento milionário para se fazer um filme de terror acima da média. Basta vontade e originalidade na execução.

Nota: 8 de 10

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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."