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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Crítica de filme: Memórias de Xangai (Festival do Rio 2010 - Parte 12)

Memórias de Xangai (Hai Shang Chuan Qi no original e I Wish I Knew em inglês) é um documentário chinês dirigido por Jia Zhang-ke, com 138 minutos de duração. Ele tenta documentar, por meio de depoimentos de 18 idosos chineses, vários momentos históricos da cidade, remontando até meados do século XIX, quando Xangai teve os portos abertos para o comércio internacional, até o início da revolução cultural e a vitória dos comunistas no país.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Crítica de filme: Amores Imaginários (Festival do Rio 2010 - Parte 4)

Quem participa de festivais de filmes sabe que, volta e meia, apesar do cuidado na escolha do que se vai assistir, escapa alguma coisa que você acaba não gostando. Diria que Amores Imaginários (Les Amours Imaginaires em francês e Heartbeats ou Love, Imagined em inglês) é minha primeira decepção.

sábado, 11 de setembro de 2010

Club du Film - 5.50 - Mon Oncle (Meu Tio)

Mon Oncle é uma comédia francesa de 1958, dirigida e estrelada por Jacques Tati e foi vista pelo Club du Film (mais sobre o Club ao final do post) em 13.07.10.

Jacques Tatis é adorado na França. Para aqueles que não conhecem o Monsieur Hulot, sua criação máxima e que protagoniza Mon Oncle, pensem no Mr. Bean, personagem britânico criado pelo comediante Rowan Atkinson, um ser que não fala, é bastante atolado e vive a vida sem perceber as asneiras que faz.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Crítica de filme: The Wolf Man (O Lobisomem)

Gostaria de entender como é que dois atores já estabelecidos no mercado como Benicio del Toro e Anthony Hopkins decidem efetivamente participar de filmes como O Lobisomem. É o dinheiro? O desafio do papel? Ou eles não leram o roteiro mas acharam que participar de filmes de lobisomem é bacana?

Com essa introdução já dá para vocês perceberem que não gostei muito do filme. O Lobisomem conta a estória de Lawrence Talbot (Benicio del Toro), um ator shakespeareano que, depois de muitos anos, a pedido da esposa de seu irmão desaparecido, volta para a enorme mansão da família em Blackmoor, Inglaterra. Ele não vê a família há anos mas quer saber o que aconteceu com o irmão. Ao chegar, o pior já aconteceu: o corpo dilacerado de Ben foi achado em um vala. Decidido a descobrir o que aconteceu, ele fica na mansão junto com seu pai, Sir John Talbot (Anthony Hopkins).

É evidente que seu irmão foi morto por um lobisomem e, exatamente em uma lua cheia, apesar dos avisos do pai, o idiota do Lawrence sai à noite para ir a uma acampamento cigano investigar. Justamente por lá, o lobisomem decide atacar e, depois de matar diversas pessoas, fere Lawrence, amaldiçoando-o a se tornar um lobinho sempre que houver noite de lua cheia. Chega na cidade um agente da Scotland Yard, Abberline, vivido pelo eterno Mr. Smith ou Elrond, Hugo Weaving e ele passa a liderar a caçada ao monstro.

O que acontece a partir daí é muito ridículo e uma colcha de retalhos em termos de furos de roteiro. Para começar, no ataque ao acampamento cigano, diversas pessoas são feridas mas só Lawrence vira Lobisomem. O filme é uma desculpa para intermináveis cenas de desmembramento (aparentemente, lobos matam sempre cortando cabeças com um golpe só...) e de tortura (Lawrence é levado a um manicômio). Todo o suspense gótico do filme original de 1941 foi arrancado do remake atual tornando o filme um genérico de monstro, com direito a embate entre duas feras ao final (e que vai ficar para a estória como uma das lutas mais ridículas já criadas). Rick Baker, o mago da maquiagem foi responsável pela transformação de Del Toro em lobo mas, nesse filme, nem os esforços dele resultaram em algo remotamente interessante. O bicho parece mais um orangotango com um problema de temperamento.

Talvez o fracasso do filme seja culpa do diretor Joe Johnston mas eu realmente acredito que tenha sido a conturbadíssima produção do filme pela Universal, com refilmagens, atrasos, mudanças de conceito e tudo o mais que tenha arruinado de vez um conceito razoavelmente fácil de se executar. Para piorar, a escalação de Benicio del Toro para viver o filho de um lorde inglês definitivamente não faz sentido. Ainda que o ator se pareça com um lobisomem, ele não tem nada a ver com um lorde inglês, tendo em vista sua forte aparência latina. Não é preconceito, apenas a constatação do óbvio.

O Lobisomem é um filme de talentos e dinheiro desperdiçados. Se querem ver bons filmes sobre o tema, que não seja o clássico de mesmo nome de 1941 com Lon Chaney Jr., procurem The Howling e An American Werewolf in London. Fujam desse lobisomem.

Nota: 2 de 10