Mostrando postagens com marcador Nota 1. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Nota 1. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 26 de março de 2012

Crítica de filme: Spy Kids: All the Time in the World (Pequenos Espiões 4)

Hollywood e suas franquias... Eles realmente não sabem quando parar. Mas eu entendo. Afinal, o primeiro Pequenos Espiões custou 35 milhões e fez 147, o segundo custou 38 e fez 119 e o terceiro custou também 38 mas fez 197 milhões. Assim, era óbvio que a parte 4 era só uma questão de tempo. Entre isso e criar uma franquia nova, Hollywood sempre optará por tirar o máximo de algo que já existe.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Crítica de filme: Cowboys & Aliens

O que poderia ser melhor em termos de pura diversão descerebrada do que um filme misturando o velho oeste com alienígenas? E se, ainda por cima o filme for baseado em quadrinhos? E que tal colocar o Daniel Craig (o 007!) no papel principal e também o veterano Harrison Ford (Indiana Jones!) e a bela Olivia Wilde (Quorra!)? E se o diretor for o Jon Favreau, de Homem de Ferro?

Fórmula para o sucesso, não é mesmo?

terça-feira, 7 de junho de 2011

Crítica de filme: Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides (Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas)

O personagem Jack Sparrow, brilhantemente criado por Johnny Depp, cansou e deveria ser aposentado. No entanto, considerando-se a bilheteria até hoje arrecadada pela quarta aventura do estranho pirata (quase 800 milhões de dólares mundialmente em menos de um mês), isso não acontecerá tão cedo. O público manda mesmo quando o público está agindo no “automático”, indo ao cinema só porque lá atrás, quando do lançamento do primeiro Piratas do Caribe, gostou do que viu.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Crítica de filme: Sanctum (Santuário)

Você sabe que tem alguma coisa errada com um filme quando você tem dificuldade de achar o nome do diretor nos posters e anúncios. Como se isso não bastasse, a "pulga atrás da orelha" fica ainda mais saliente quando se nota que o nome de James Cameron, produtor (não diretor) do filme aparece gigantesco, antes mesmo do nome do filme e com indicação de que ele foi o diretor de Titanic e Avatar. E tudo vai por água abaixo de vez quando há indicações, também nada discretas, de que o filme é o "próximo passo" da tecnologia 3D.

Eu já sabia que estava indo para uma roubada mas fui do mesmo jeito...

sábado, 4 de dezembro de 2010

Club du Film - 5.57 - Au Hasard Balthazar (A Grande Testemunha)

Au Hasard Balthazar (A Grande Tesmunha) é um filme francês de 1966, dirigido por Robert Bresson e foi visto pelo Club du Film (mais sobre o Club ao final do post) em 14.09.10.

Robert Bresson dirigiu um burro. Sim, literalmente um burro. Tamanho é o foco no animal que Bresson de propósito pediu para que os atores não atuassem, ficassem meio que mortos e "mecanizados" em cena, exatamente para deixar sobressair o triste burrico.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Crítica de filme: Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas (Festival do Rio 2010 - Parte 14)

Eu reconheço minha ignorância pois, antes desse filme ganhar a Palma de Ouro do Festival de Cannes desse ano, nunca tinha ouvido falar em seu diretor Apichatpong Weerasethakul, aparentemente conhecido diretor de cinema autoral tailandês. Com a relevância que Tio Boonmee tomou depois da vitória em Cannes, tratei de persegui-lo no Festival do Rio até que consegui ingresso para a única sessão do filme que poderia assistir.

domingo, 7 de março de 2010

Crítica de filme: Nine

Nine é um musical dirigido por Rob Marshall (do mediano Chicago, também musical) e foi basicamente o sustentáculo da estratégia de marketing dos irmãos Weinstein para chamar atenção para sua quase falida produtora na festa do Oscar. Não deu muito certo. O filme foi um fracasso de crítica e de bilheteria, amealhando, apenas, indicações para Melhor Atriz Coadjuvante (Penelope Cruz), Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino e Melhor Canção Original (Take it All).

E a explicação é muito simples: o filme é muito ruim.

Apesar da reunião de um elenco impressionante, não há nada no filme que realmente chame a atenção do espectador, a não ser seus defeitos gritantes. Os irmãos Weinstein conseguiram juntar, em um filme só, o excelente Daniel Day-Lewis (ganhador de dois Oscar de melhor ator) no papel principal e mais a já mencionada Penelope Cruz (ganhadora do Oscar de melhor atriz coadjuvante no ano passado), Marion Cotillard (ganhadora do Oscar de melhor atriz em 2008), Nicole Kidman (ganhadora do Oscar de melhor atriz em 2003), Judi Dench (ganhadora do Oscar de melhor atriz em 1999), Sophia Loren (ganhadora do Oscar de melhor atriz em 1962 e de um Oscar honorário pelo conjunto da carreira em 1991) e Kate Hudson (única do elenco que não foi "oscarizada" mas que concorreu ao prêmio de atriz coadjuvante em 2001). Com um elenco desses, como Rob Marshall conseguiu errar?

Bom, já começou errando na escalação de Daniel Day-Lewis para fazer o papel do diretor italiano Guido Contini. Day-Lewis está visivelmente incomodado no papel o que o leva à pior atuação de sua carreira. Vê-lo fazendo sotaque italiano e, ainda por cima, cantando com o sotaque, é vergonhoso. As demais super atrizes estão lá de enfeite. Cada uma tem basicamente um número musical, com aparição total de poucos minutos na tela e nunca (ou quase nunca) juntas. Um desperdício. Sinceramente, pelo pouco tempo de tela, não faz nem sentido a indicação de Penelope Cruz para melhor atriz coadjuvante.

O outro problema foi o material fonte. Nine é baseado em um peça da Broadway que, por sua vez, é baseado em uma das obras primas de Fellini, 8 1/2. Para quem não sabe, 8 1/2 nos apresenta ao diretor de cinema Guido Anselmi (vivido sensacionalmente por Marcello Mastroianni) que luta conta um bloqueio criativo que o impede de escrever seu próximo filme. O problema, na verdade, obviamente não está em 8 1/2 pois nem musical ele é, mas sim na peça da Broadway que tem músicas pouquíssimo interessantes.

Como se isso não bastasse, os números musicais e, principalmente, a coreografia não empolgam. Penelope Cruz, sempre linda, é a que se esforça mais de fato. No entanto, o que ela faz não consegue compensar a chatice dos números de Sophia Loren, Judy Dench, Marion Cotillard e Nicole Kidman. Kate Hudson ainda se beneficiou um pouco pois a música que canta é a única que se salva no filme. Ah, esqueci de mencionar que Fergie (a vocalista do Black Eyed Pees) também está no filme e essa sim sabe cantar mas, como todas, tem apenas 3 ou 4 minutos de tela.

A estória: Guido Contini (Day-Lewis) é um diretor de cinema que, às vesperas de começar a filmagem de seu filme mais recente, sofre de bloqueio criativo e não consegue escrever um página de roteiro. Ele tenta se isolar em um hotel mais escondido mas não consegue se livrar do produtor, da enorme equipe de produção, de sua esposa (Marion Cotillard), de sua amante (Penelope Cruz), de uma repórter tentadora (Kate Hudson), de sua volúpia pela atriz principal (Nicole Kidman) e da onipresente lembrança de sua mãe (Sophia Loren.

No final das contas, nove serão os pontos que vou tirar da nota desse filme.

Nota: 1 de 10

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Crítica de filme: Jennifer's Body (Garota Infernal)

Estava eu em Nova York quando reparei que era o fim de semana de estréia de Paranormal Activity, o tal filme que, dizem, foi feito por 15 mil dólares e que está se tornando o novo Bruxa de Blair. Saí lá meio abobalhado após o sensacional show ao vivo do Senhor dos Anéis no Radio City Music Hall (conto sobre isso outro dia, prometo) e fui tentar comprar um ingresso para alguma sessão perto da meia-noite. Mal eu sabia que o filme havia se tornado "O FILME" e todo mundo na cidade parecia querer vê-lo. Assim, dei de cara com as sessões de 23:45, 00:15, 00:30 e 01:00 completamente esgotadas.

Diante disso, não me restou alternativa que não comprar um ingresso para algum outro filme mais ou menos no mesmo horário que eu ainda não tivesse visto e que tivesse o mínimo interesse em ver. Jennifer's Body logo saltou aos olhos. Afinal, era um filme protagonizado pela beldade do momento: Megan Fox.

Bom, posso dizer o seguinte: apesar da presença de Megan Fox, um atrativo inegável, devia mesmo é ter ido para o hotel dormir. Êta filminho ruim...

E olha que a premissa era de fato minimamente interessante. Roteirizado por Diablo Cody, que escreveu o ótimo Juno, Jennifer's Body conta a estória de Jennifer (Megan Fox), uma líder de torcida escultural que é possuída por um demônio e passa a matar todos os garotos que consegue atrair para sua armadilhas sexuais. Tinha tudo para ser um filme no mínimo bom: uma excelente roteirista, uma atriz conhecida por seus predicados, digamos, físicos e uma estória de monstro com muito sangue.

No entanto, o "santo" que baixou em Diablo Cody ao escrever Juno já não está mais lá ou, então, Cody estava de palhaçada. O roteiro é tão ruim, tão "mão pesada" que torna o filme um festival de vômitos pretos e sanguinolência sem qualquer propósito. Aliás, minto, Diablo Cody imaginou uma breve cena de lesbianismo e acho que podia escrever um filme ao redor disso... Não tinha direção que salvasse isso e o fato de Karyn Kusama - a diretora - só ter em seu currículo o mediano para fraco Aeon Flux, de 2005, não ajudou em absolutamente nada.

Para se ter uma idéia, o roteiro é tão imbecil que conseguiu tornar Megan Fox, uma mulher inegavelmente sexy, em um garotinha qualquer, sem a menor graça no contexto geral. Em comparação, os dois Transformers (aqui os comentários do segundo) do também "mão pesada" Michael Bay, exalam sensualidade ao mostrar Fox. Jennifer's Body, em seu turno, exala total indiferença e muitos bocejos, muitos mesmo. Amanda Seyfried, atriz de Mamma Mia!, faz Needy, a melhor amiga de Jennifer e Amanda, bem sem graça, nesse filme está muito, mas muito mais atraente que Megan.

Sei que estou falando demais do quão pouco sexy está Megan Fox nesse filme mas venhamos e convenhamos, ninguém espera da moça uma grande atuação. Da mesma forma, ninguém espera de um filme com a premissa acima algo mais do que uma diversão rápida. No entanto, Diablo Cody, ao retirar os dois elementos de atração desse filme - a sensualidade de Megan Fox e a diversão - acabam com qualquer chance do filme ser um mínimo de razoável.

Definitivamente, devia ter voltado para o hotel...

Nota: 1 de 10

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Crítica de filme: X-Men Origins: Wolverine

Wolverine é um personagem de quadrinhos da Marvel, mutante, canadense, baixinho, com alto grau de irritabilidade, um fator de cura que o permite aguentar os mais absurdos ferimentos e retarda seu envelhecimento (o cara nasceu no século XIX e parece ter ainda uns 30 e muitos ou 40 e poucos, dependendo de quem o desenha). Tem, ainda, um esqueleto indestrutível de adamantium, um metal fictício e, como marca registrada, além do corte de cabelo, digamos, incomum, é o orgulhoso detentor de garras de metal que saem de suas mãos e dilaceram inimigos.

Wolverine é uma máquina de matar e uma das propriedades mais valiosas da Marvel, sendo protagonistas de diversas revistas da editora e “astro convidado” em tantas outras. Tamanho é seu sucesso que os três filmes dos X-Men (grupo de super-heróis mutantes da Marvel) mais parecem filmes que poderiam ter como título “Wolverine e Aqueles Outros Mutantes que Aparecem Vez ou Outra”. No desenho animado mais recente, os produtores não se deram como rogados e mandaram mesmo o título Wolverine and the X-Men, em clara demonstração do valor da criação de Len Wein e John Romita Jr. na década de 70 (ele apareceu pela primeira vez como coadjuvante em um número da revista do Hulk em 1974).

Ah, já ia me esquecendo. Outra característica marcante do personagem é que ele não se lembra do passado, apenas que se chama Logan. Esse mistério em volta do personagem perdurou por décadas, com pequenas revelações aqui e ali. Somente muito recentemente, a partir de uma ótima minissérie em quadrinhos chamada Origin, cada detalhe do passado de Wolverine foi sendo revelado pela Marvel em uma coleção que não li nem quero ler pois acho que desmistifica o personagem, além de eu ter lido resenhas arrasadoras das estórias.

Por quê estou escrevendo isso tudo?, vocês perguntarão. Simplesmente por que, quando soube que os filmes dos X-Men ganhariam um spin-off sobre a origem de Wolverine, dois pensamentos me passaram pela cabeça. O primeiro foi que era óbvio que, com o sucesso dos filmes do grupo mutante, era natural um spin-off dessa natureza. O segundo foi: que péssima idéia!

O filme estreou e fez mediano sucesso depois de algumas refilmagens e a famosa polêmica do vazamento de uma cópia ainda sem efeitos totalmente finalizados na internet. Eu disse para mim mesmo que esperaria o DVD pois tinha certeza que o filme seria ruim tanto sob o ponto de vista de alguém que gosta de quadrinhos como eu como por uma pessoa que apenas gosta de cinema.

Assim, estava em minha locadora quando me deparei com o Blu-Ray nacional de Wolverine à disposição. Era tentação demais e acabei alugando.

O filme começa na linha de Origin, mostrando Wolverine quando criança, no momento em que descobre que tem garras de osso saindo das mãos. Esse rápido intróito é seguido de uma abertura (com os créditos) mostrando Wolverine (Hugh Jackman) e seu meio-irmão Victor Creed, o Dentes de Sabre (o sempre ótimo Liev Schreiber) lutando juntos na Guerra Civil americana, na 1ª Guerra Mundial, na 2ª Guerra, na Guerra da Coréia e na Guerra do Vietnã. Acabada essa abertura, já vemos Logan e Victor como agentes especiais em um grupo de mutantes assassinos comandados por Stryker (Danny Huston).

Posso dizer que a melhor parte do filme é a abertura e isso é obviamente, um péssimo sinal. No lugar de explorar o desenvolvimento do personagem e sua relação com o irmão, os roteiristas partiram logo para colocar Logan contra seu grupo de mutantes e para dentro do programa Arma X, onde ganha a cobertura de adamantium sobre seus ossos.

Depois que ele consegue as garras de metal é que o filme realmente vai ladeira abaixo. Nada mais faz sentido e os furos no roteiro são abissais, risíveis e patéticos.

Mas os problemas não param por aí. Os efeitos especiais são absolutamente mal feitos, dando a entender que estamos efetivamente assistindo a um filme inacabado, sem os retoques finais. Em determinada cena, em que Logan está com a família “Kent” em um rancho (só vendo para entender o quão ridícula é essa cena), ele corta a pia do banheiro com as recém adquiridas garras de metal. Depois, olha para elas que nem um idiota. As garras parecem de papelão pintado (sim, é nesse nível). Se acham que estou exagerando, vejam o filme procurando pelos problemas e vocês verão que eles estão lá.

E eu realmente não entendo a necessidade de se colocar na estória dezenas de mutantes diferentes. Wolverine já tem estória suficiente para segurar sozinho um filme nas costas. Para que colocar Agent Zero, Deadpool (ou uma versão de Deadpool), Wraith, Blob, Gambit, White Queen, Silverfox e outros no meio? Tem até Cyclops e Professor X!!! Fica tudo muito forçado e imbecil. É só pelo fator geek de ver mutantes na tela do cinema mesmo.

Por exemplo, a entrada de Gambit na estória é uma das coisas mais desnecessárias do mundo, em clara “forçação de barra” para mostrar esse herói que é querido da galera (eu, particularmente, nunca vi nada demais nele). Seria muito melhor se Wolverine tivesse que lidar com o “mundo real” e perseguições por soldados do exército e não por seres super poderosos.

Apenas para ilustrar o tamanho das besteiras feitas nesse filme, listarei, abaixo, apenas um punhado das incongruências absurdas que achei no filme, sendo que nenhuma delas parte de uma comparação do personagem nos quadrinhos e no cinema pois uma coisa é uma coisa é outra coisa é outra coisa, se é que vocês me entendem. Para isso, porém, terei que revelar vários pontos importantes da trama pelo que sugiro que, quem não viu o filme – e ainda quer ver – pule essa parte.

Novamente, há SPOILERS abaixo. Leiam apenas se já viram o filme ou se não se importam em saber detalhes do que acontece.

Vamos lá:

- Logan é por vezes chamado de Logan e outras de Jimmy (apelido de James, seu nome verdadeiro) sem que haja qualquer explicação para o uso de Logan no filme. Só quem leu Origin sabe que Logan é nome do personagem que o jovem Wolverine mata no começo do fime;

- Silverfox finge estar morta e Victor joga sangue por cima dela para parecer que é dela. Wolverine chega e acredita que ela morreu apesar de ter olfato ultra sensível e poder muito bem dintinguir uma coisa da outra. E nem me venha dizer que o poder de sugestão de Silverfox é a explicação para isso pois ela está drogada, quase efetivamente morta nessa cena;

- Stryker cria uma elaboradíssima trama, que demora uns 6 anos para ficar pronta, apenas para colocar adamantium nos ossos de Wolverine e ver se ele agüenta a fusão. Não faz o menor sentido em querer apenas esse resultado. Por que não apagar logo a mente de Wolverine (sem dizer que vai apagar que nem o idiota faz) e usar Wolverine e não Wade (o coitado do Deadpool) como cobaia para o Weapon XI???

- Em luta, Victor quebra as garras de osso de uma mão de Wolverine. Logo em seguida, no Projeto Weapon X, Logan recebe o banho de adamantium que reveste – vejam bem, REVESTE – seus ossos e ele aparece com as garras inteirinhas;

- Depois de transformá-lo em um ser basicamente indestrutível, o idiota do Stryker manda Agent Zero matar Wolverine com um rifle de sniper e balas comuns!!! Como assim? O cara não acabou de ter os ossos revestidos de adamantium???

- Weapon XI, a super arma secreta de Stryker, que ele leva muitos anos para completar, é o inimigo mais fácil do mundo de derrotar;

- Na fuga dos mutantes, Cyclops começa a receber mensagens telepáticas do Professor X. Ora, se o Professor X sabia que eles estavam presos, por que não foi lá antes resgatá-los. Por quê esperou até o limite para fazer isso?

- Nessa mesma fuga, se o Professor X pode comandar a vontade de milhares de pessoas, como vimos nos filmes dos X-Men, por que ele simplesmente não manda Stryker soltar os mutantes? A presença do Professor X, para criar o “fator cool”, estraga qualquer tentativa de “realidade” que se pode esperar de um fime desses. Magneto, em X-Men, tem que usar um capacete para evitar que o Professor X o controle mentalmente. Mas Stryker não precisa de nada, claro;

- Que jaulas são aquelas que prendem os jovens mutantes? São de ferro comum, para prender passarinhos? Sério, algum mutante ali tem que ter o poder básico de destruir a grade. Ora, mesmo sem poder algum dava para fazer isso...;

- Gambit odeia Stryker. Ao ver Wolverine e Victor - que ele acha que são agentes de Stryker - caindo no pau, no lugar de deixar um matar o outro, ele interfere. Para que? Para mostrar seus poderes bacanas?

- Ainda sobre Gambit, ele parece ser o fugitivo mais fácil do mundo de achar: em pleno cassino de Las Vegas!

- Stryker tem mais uma brilhante idéia: usar um revólver com balas de adamantium não para matar Wolverine mas sim para apagar sua memória. Com assim??? Quer dizer então que é só dar um tiro na cabeça de alguém para automaticamente essa pessoa perder a memória? Bem científico isso...

- Ainda sobre balas de adamantium, por que raios Stryker não dá um rifle equipado com elas para o Agent Zero liquidar Logan já que, aparentemente, o poder mutante de Agent Zero é sempre acertar no alvo?

- Se Silverfox consegue hipnotizar através do tato, porque ela não hipnotizou Logan para ele aceitar o adamantium, evitando a trama complicada montada por Stryker?

- Melhor que isso, se Silverfox faz o que faz porque Stryker tem sua irmã presa, era só ela hipnotizar Stryker para soltar as duas, não é mesmo?

- Stryker, quando Wolverine acaba de ter seus ossos revestidos, sussurra ordem para que apaguem a memória do mutante. Ora, por quê esperar torná-lo indestrutível para fazer isso? Não era mais lógico começar exatamente por essa etapa?

E por aí vai o show de horrores. São tantos furos absurdos que é impossível levar esse filme a sério, mesmo considerando que filmes de super heróis, em geral, não são para ser levados tão assim a sério. No entanto, estou confiante em dizer que esse é o pior filme do gênero, pior que os odiados Elektra e Daredevil e pior até mesmo que qualquer uma das três versões de Punihser. Wolverine é um personagem tão bom que qualquer um escreveria um roteiro razoável para um filme sobre ele. Todos menos, aparentemente, os roteiristas David Benioff e Skip Woods, autores dessa coisa amorfa que infelizmente assisti.

Esse verão norte-americano eu vou te contar... Devo ter perdido uns 15 pontos do meu Q.I. entre Transformers 2, G.I. Joe e Wolverine...

Ah, já ia me esquecendo. O Blu-Ray brasileiro do filme é triste. Não pela imagem mas pela falta de tudo, inclusive de menu. Não dá nem para ver o filme em inglês sem legendas ou em inglês com legendas em inglês. Somos forçados a escolher dentre as rígidas opções da tela inicial que é uma tela vagabunda dublê de menu. E o pior de tudo é que o som não é sem compressão, de forma a permitir o melhor uso do Blu-Ray. Deve ser por que acham que os brasileiros não fazem nem idéia do que é som sem compressão. Espero - ainda que essa não seja uma justificativa aceitável - que esse seja o Blu-Ray específico para locação.

Nota: 1 de 10

sábado, 22 de agosto de 2009

Crítica de filme: 30 Days of Night (30 Dias de Noite)


O filme tem vampiros sanguinários. A cidade que eles atacam fica acima do círculo polar ártico e, durante 30 dias no ano, fica totalmente no escuro. A premissa é fantástica, certo? 30 dias para os vampiros caçarem a população inteira da cidade, um a um, alimentando-se depois de muito tempo de jejum. Bacana, não?

Pois é, fico me perguntando como é que raios o diretor David Slade e os roteiristas Steve Niles, Stuart Beattie e Brian Nelson conseguiram estragar tudo... E olha que Steve Niles é o autor dos quadrinhos que serviram de base para o filme...

Basicamente, o que acontece nesse filme é um ataque maciço dos vampiros nas primeiras horas da primeira noite, em que eles chacinam todos menos um pequeno grupo de moradores da cidade. A partir daí, esse tal pequeno grupo, em que os principais são o xerife Eben Oleson (Josh Harnett, péssimo) e sua ex-esposa Stella Oleson Melissa George, tenta sobreviver de todas as formas possíveis. Acontece que nem isso é mostrado direito pois o filme vai pulando no tempo, de semana em semana, talvez para esconder a total incapacidade dos roteiristas de razoalvemente esconderem que os vampiros obviamente encontrariam o grupo.

Os ataques dos vampiros são sanguinolentos e totalmente incongruentes já que eles são caçadores famintos. Qualquer caçador faminto (que fosse vampiro) atacaria uma ou duas vítimas para saciar a fome imediata e deixaria o restro em uma espécie de curral para ir se alimentando aos poucos. Além disso, esses caçadores sugariam até a última gota de sangue das vítimas. Nesse filme, os vampiros mordem, sugam um pouquinho e arrebentam as vítimas, tudo para chocar o telespectador. Só conseguiram ser ridículos e completamente inacreditáveis para mim. E, em cima disso tudo, os vampiros falam uma pseudo língua arcaica, para dar um "ar de seriedade" ao filme. Fica mais ridículo ainda.

30 Days of Night é tudo que Let the Right One In, comentado aqui, não é: idiota, óbvio, gratuito e sem graça. A única coisa razoavelmente bacana é a fotografia no escuro, mas só.

Nota: 1 de 10