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domingo, 30 de outubro de 2011

Crítica de videogame: Uncharted 2: Among Thieves


Com o lançamento do esperadíssimo Uncharted 3: Drake's Deception marcado para 1º de novembro e tendo jogado o primeiro Uncharted há mais de um ano, nada mais natural do que eu ter me dedicado a acabar Uncharted 2: Among Thieves agora, ainda que, para isso, eu literalmente tenha que ter pedido ajuda "dos universitários", conforme deixarei claro lá pela frente.

Mas, antes de começar, alguns alertas: não sou um grande jogador de games, apreciando-os esporadicamente aqui e ali. Falta-me tempo para eles e, exatamente por isso, os jogos multiplayer nunca me interessaram. Não foi exceção com Uncharted 2. Apenas joguei a campanha, sem nem tocar no multiplayer que, dizem os especialistas, é sensacional. Também não sou daqueles que fica catando cada um dos troféus de jogos pois simplesmente tenho mais o que fazer, ainda que eu respeite quem faça isso. Assim, essa crítica é de um jogador casual apenas.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Crítica de videogame: Uncharted: Drake's Fortune


Não sou viciado em games, como já disse algumas vezes, tanto que, até agora, só revisei cinco no total (ResistanceResistance 2Call of Duty 4Batman e Wolverine). Uncharted é meu sexto jogo completo desde que comprei o PS3.

Uncharted é um jogo de terceira pessoa com elementos de plataforma, de tiro e de resolução de problemas contando uma estória tipo "Indiana Jones". Você controla Nathan Drake, aparentemente um descendente de Sir Francis Drake e que procura pelo tesouro de seu antepassado. A estória é interessante mas bastante linear, com apenas uma estranha mas não tão inesperada reviravolta ao final (mais sobre isso adiante, sem spoilers).

domingo, 28 de março de 2010

Crítica de videogame: Call of Duty 4: Modern Warfare

Modern Warfare 2 foi lançado em novembro de 2009 e muito em breve receberá um pacote de expansão. Aí vem a pergunta: e por que raios, então, você está escrevendo sobre o primeiro Modern Warfare, um jogo "antigo", de 2007?

A resposta é simples: eu não jogo videogames o tempo todo e estou realmente super atrasado em relação aos grandes lançamentos. Poderia ter jogado a parte 2 sem jogar a primeira mas tenho algum problema compulsivo qualquer que me impede de fazer isso. Assim, parti para Call of Duty 4: Modern Warfare.

Ah, e vale deixar algo bem claro. Apesar desse ser o quarto Call of Duty, como o nome deixa evidente, nunca nem joguei os outros três mas sei que se passam na Segunda Guerra Mundial. Resolvi, simplesmente, partir para as guerras modernas logo de uma vez, já que não tem muito tempo, joguei dois FPS desse período: Resistance: Fall of Man e Resistance 2.

Bom, CoD 4 é um jogo bem curto mas muito feroz. Você fica uns 2 minutos treinando e, depois, já é largado em missões interessantes, no Oriente Médio, na pele ora de um soldado das forças britânicas (S.A.S.), ora de um soldado americano (U.S. Marines). Esse revezamento é bacana e permite o uso de armas diferentes o tempo todo, de uma simples pistola até um lança mísseis anti-tanque que é sensacional. As missões têm um objetivo muito simples: botar abaixo uma célula terrorista comandada por um bandidão bem estereotipado.

O bacana do jogo é que ele tenta ser o mais realista possível em termos de combate. Não tem medidor de saúde mas sim uma vermelhidão cada vez mais constante na tela até você morrer (algo que teimava acontecer comigo a cada 3 ou 4 minutos). É claro que, de forma pouco realista, se ficar muito vermelho e você se esconder, sua saúde é restaurada. Mas isso é um videogame, não a vida real, ainda que, em determinadas missões, a coisa tenha sido tão intensa que deu para sentir um milionésimo de um micron do que esses combates podem ser.

Intenso é a palavra de ordem nesse jogo. Em campo, você tem que se abaixar - rastejar mesmo - para não ser morto em segundos pelas forças inimigas. E olha que eu jogo no modo normal apenas... Um tiro bem dado, nesse jogo, vai te matar, não interessa o quanto de saúde você tenha. Da mesma forma, porém, um tiro seu bem planejado, faz um bom estrago nas linhas inimigas. Sair correndo atirando, nesse jogo, é suicídio, com uma exceção, que tratarei mais à frente.

De forma bastante fluida e com uma estória simples de acompanhar, o jogo nos coloca também sob o comando de veículos, ou melhor, de armas de veículos, como metralhadoras montadas em jipes e armas enormes montadas em um Hércules C-130. Falando no C-130, a visão que temos é termal em preto-e-branco, lá de cima, e podemos ficar trocando entre três tipos de calibres, desde um "pequeno" calibre para tiros mais precisos até um enorme calibre para dizimar áreas e casas inteiras. Essa missão dá vontade de jogar sem parar de tão divertida que é (é a única que não dá para morrer e com munição infinita).

Em determinado momento, e de modo muito original, passamos a jogar em um flashback, como a versão mais jovem do capitão de nossa unidade da S.A.S. em uma absolutamente empolgante missão stealth, daquelas que você tem que ser invisível e utilizar rifles de longo alcance em posições de sniper. Em determinado momento, temos que acertar um alvo a quase 1 km de distância levando em consideração o vento e o efeito coriólis (rotação da Terra). Depois de cumprir a missão, o mundo basicamente desaba sobre você e, nesse momento, depois de morrer literalmente dezenas de vezes tentando escapar de forma estudada, calma e inteligente, resolvi largar tudo e sair correndo que nem um covarde histérico. Deu certo. Escapei ileso. Não me senti lá muito heróico mas paciência...

O jogo é sensacional e mal posso esperar para jogar a parte 2. Só tem um defeito: é curto demais. Quando as coisas estão esquentando, o jogo acaba mas acaba de maneira muito original e os programadores ainda nos brindam com uma missão bem curta mas muito bacana após os créditos. Um grande jogo e uma enorme diversão adulta.

Nota: 9,5 de 10

domingo, 10 de janeiro de 2010

Crítica de videogame: Resistance 2



Não tem muito tempo eu joguei Resistance: Fall of Man e fiz meus comentários aqui. O jogo é de 2007, lançado  junto com o console PS3 e, como quem leu a crítica percebeu, eu gostei muito. Não resisti, claro, e comprei Resistance 2, a inevitável continuação, lançada em novembro de 2008. Sei que continuo atrasado com videogames mas é que meu tempo é bem limitado e, sinceramente, não estou com muita pressa.

Para quem não sabe, o primeiro Resistance se passa mais ou menos durante a 2ª Guerra Mundial mas os inimigos não são os nazistas mas sim monstros estranhíssimos chamados coletivamente de Chimera, originados de um vírus que se espalhou pela Europa. Você é Nathan, soldado americano, último sobrevivente de sua unidade na Inglaterra. Você é infectado com o vírus mas, claro, no lugar de virar um monstro, fica com poderes de regeneração rápida e mais forte, tudo para justificar sua capacidade de dizimar bichos feios pelo caminho.

Ao final de Resistance, Nathan é levado por um helicóptero para local incerto, por força militar misteriosa. Resistance 2 abre exatamente onde o primeiro acabou, com Nathan chegando à Islândia e já saindo na paulada com os monstros. Nathan, então, é atingido e acaba acordando tempos depois, nos Estados Unidos já destruídos pela Chimera. Ele parte, então, para, você adivinhou, destruir mais monstros!

Bom, como vocês podem ver, Resistance 2 tem uma novidade: deslocou a ação da Inglaterra para os Estados Unidos. Além disso, agora o jogo tem rumble, função que foi abolida do primeiro jogo pois a Sony, não sei por que, eliminou essa característica do controle de lançamento do PS3. Voltou atrás rapidinho. O HUD (Heads Up Display) de Nathan ficou também mais simplificado em que sua saúde não tem um marcador mas sim uma vermelhidão contínua da tela até a morte. É uma espécie de íris que vai tornando a visão mais turva e vermelha na medida em que Nathan é atingido, além de indicar de que lado vêm os tiros. Dá um aspecto mais realista ao jogo em primeira pessoa, elimina a necessidade de prestar atenção em algum canto da tela mas exige tempo para se familiarizar com isso. Depois eu descobri que ao menos o Call of Duty 4: Modern Warfare (que acabei de jogar e comentarei em breve) tem a mesma característica.

Acontece que as novidades de Resistance 2 acabam por aí. O jogo é, basicamente, exatamente a mesma coisa que sua primeira versão. Não que isso seja ruim pois adorei o primeiro jogo mas não entendi exatamente o porquê de não introduzir novidades interessantes. Ah, tem uma novidade sim: enquanto no primeiro jogo, Nathan podia carregar um monte de armas ao mesmo tempo, agora ele só pode carregar duas, exigindo do jogador uma certa capacidade de escolher a arma certa no momento certo. Mas essa habilidade é aprendida rapidamente pois a arma certa aparece aos borbotões, magicamente, no local certo, na hora certa. Não tem muita dificuldade nisso e essa é mais uma razão de eu não ter entendio a novidade.

As armas são pequenas variações das armas do primeiro jogo, valendo destaque para duas. A Auger, que tinha no primeiro jogo, é uma arma cujos tiros atravessam paredes. Na primeira versão, ela apenas indicava, na mira, que se tornava vermelha, se havia inimigos do outro lado. Agora, na versão mais moderna, nós podemos efetivamente ver os inimigos, em uma espécie de visão de raio-x. Muito melhor! A outra arma bacana é a HVAP Wraith. O legal dela é que ela me fez sentir como aquele cara no filme Predator (o original com Arnold Schwarzenegger) que carrega aquela metralhadora de helicóptero e destrói tudo que vê pela frente.

Outra coisa boa em Resistance 2 é que as batalhas são mais intensas, com mais inimigos vindo que nem uma inundação (ficando bem interessante usar a HVAP). Mas, em compensação, a Insomniac (que desenvolveu o jogo para a Sony) retirou a capacidade de se utilizar veículos, uma das coisa mais interessantes do primeiro jogo. Eu sinceramente esperava mais e novos veículos mas, no lugar, fiquei com menos armas e NENHUM veículo sequer. Realmente não entendi. Por último, a estória, que já é pouca, faz muito pouco sentido em Resistance 2, talvez por que a Insomniac tenha retirado a narradora que havia no primeiro jogo. Não que a estória seja tão importante assim mas é sempre um charme a mais, bastando lembrar, para isso, o jogo do Batman.

Assim, um jogo que podia ter ultrapassado o original, ficou um pouco mais fraco. Não que isso seja o fim do mundo mas que foi uma oportunidade desperdiçada, ah isso foi...

Nota: 7,5 de 10

domingo, 15 de novembro de 2009

Crítica de videogame: Batman: Arkham Asylum


Acho que os dias dos videogames porcarias baseados em personagens de quadrinhos está chegando ao fim. Certamente teremos muitos outros jogos ruins com base nesse material mas o que está acontecendo agora é o aparecimento de jogos efetivamente muito bons e com uma certa frequência. Wolverine foi um desses exemplos: um jogo muito divertido, ainda que repetitivo.

Agora é a vez de Batman ganhar o tratamento definitivo e meus comentários se referem à versão em PS3.

E o mais legal é que não seguiram o caminho fácil, que seria simplesmente pegar The Dark Knight, um excelente filme, e convertê-lo para um jogo. Não. O pessoal da Rocksteady e Eidos se baseou de forma livre na clássica graphic novel Arkham Asylum de Grant Morrison e Dave McKean para criar o que talvez seja o melhor videogame de super herói de todos os tempos e um que certamente merece menção entre os melhores já feito e ponto.

A premissa é a seguinte: o Coringa é preso mais uma vez e levado ao sombrio Arkham Asylum, manicômio judiciário onde ficam enjaulados os piores vilões de Gotham City. Lá, o Coringa põe em funcionamento um plano complexo para criar seres mostruosos e prende Batman lá dentro, junto com os bandidos. Cabe então a você, controlando o herói mascarado, acabar com os planos do tresloucado Coringa e sua gangue.

Os controles e a mecânica:

O jogo é em terceira pessoa, o que significa que você vê Batman de costas o tempo todo. Nesse jogo, o personagem que você controla fica mais próximo que o normal da tela e, por isso, os produtores o deslocaram um pouco para a esquerda o que, no começo, dá uma sensação estranha.

Os controles são os mais simples possíveis, apenas com a utilização dos botões com as figuras geométricas. No entanto, essa simplicidade é apenas na superfície pois os botões, para se ter a máxima eficiência, devem ser apertados com alguma cadência,  acompanhando-se sinais no jogo e com a utilização do joystick da esquerda. É difícil explicar pois você até consegue ganhar uma briga só martelando o mesmo botão o tempo todo mas, para a luta ficar realmente bela e fluida, há que se ter alguma calma e reflexos rápidos pois cada golpe correto serve para você somar "combos" e quanto mais golpes certos forem dados em seguência, mais interessante ficam os "combos". Com algum treino, é possível chegar facilmente a combos de 20 golpes sucessivos corretos mas não há dúvidas que os "combos" de 40 ou até mais são os mais impressionantes (ainda que eu os tenha visto apenas uma ou duas vezes, por total incompetência minha, admito).

Fora isso, você tem os gadgets de Batman, claro. No começo tem-se apenas os batarangs simples e um gancho (grapple gun) que permite que Batman suba mais facilmente em alguns obstáculos. Depois, com o desenrolar do jogo, você vai ganhado outros aparelhinhos interessantes, alguns deles essenciais para se completar o jogo todo.

Tudo o que você faz, inclusive os combos especiais, faz com que o vigilante mascarado acumule pontos de experiência (XP). A partir de um determinado número, você consegue escolher um entre diversos upgrades para Batman. Não demora para conseguir o primeiro e, dentre as várias escolhas, pegue logo o inverted takedown, que essencialmente permite que Batman se dependure de gárgulas de pedra como um morcego e pegue um coitado pelo pescoço e o deixe pendurado. Brilhante!

Além disso tudo, há o modo "detetive", que permite que Batman saiba quanto inimigos estão na sala, se estão armados ou não e também permite que Batman desvende as 240 charadas que o Charada deixou espalhadas pelo Asilo. As charadas não são essenciais para se terminar o jogo mas sua resolução permite acumular mais XP para upgrades mais rápidos, permite o destravamento dos desafios (abaixo), além de serem muito divertidas.

O jogo:

Batman tem que percorrer os corredores mais sombrios do Asilo para derrotar o Coringa e seus asseclas. Isso significa dizer que não basta sair correndo e estapeando os bandidos. Assim Batman não sobreviverá por muito tempo. Há que se usar de alguma estratégia e de movimentos furtivos, como chegar por trás de um bandido e fazê-lo desmaiar. Há que se subir em obstáculos e atacar por meio de tubos de ventilação. Há que ficar pendurando em uma beirada, esperar o bandido passar e puxá-lo para baixo, jogando-o lá de cima. Arkham Asylum é um jogo inteligente mas que não deixa a ação de lado. Às vezes, é paulada pura mas outras vezes há que se fazer as coisa com mais calma.

A roupa de Batman vai se rasgando ao logo do jogo e sua barba vai crescendo. É de um realismo impressionante.

Outro aspecto importante do jogo é o tempo investido pelos programadores em criarem situações que envolvem fases inteiras mas que não são realidade. Explico: em determinados momentos, Batman está sob a influência do Espantalho e começa a vivenciar seus piores medos. Coisas começam a acontecer que poderiam mesmo acontecer mas depois descobrimos que tudo está na mente de Batman. Em outro momento, há a luta com o Killer Croc nos esgotos do Asilo e vemos, novamente, o incansável trabalho dos programadores em apresentar o melhor trabalho possível.

Arkham Asylum não é o jogo mais difícil do mundo. Joguei em dificuldade "normal" e mesmo os chefes de fase foram medianos para fáceis. Mas eu não considero isso algo negativo. Sou jogador casual que quer apenas uma experiência bacana, com surpresas aqui e ali. Ficar horas na frente da televisão para aperfeiçoar um movimento específico para ganhar de chefes de fase é coisa que está além de minha capacidade e de minha paciência. O jogo é andar, lutar, resolver charadas, usar o modo detetive, lutar novamente, observar e por aí vai, sem nenhum obstáculo intransponível. Aliás, o bacana é que todo o mapa do Asilo é livre, ou seja, você pode voltar a qualquer ponto sempre que quiser.

Os desafios:

Mas os produtores não esqueceram de quem gosta de coisas difíceis. Na medida em que avançamos no jogo, destravamos "desafios" que são para serem jogados fora do jogo mas no ambiente e em fases específicas do jogo. São dois tipos de desafio: Combate e Predador.

O primeiro é só luta, o lugar perfeito para se aperfeiçoar táticas de luta e aumentar sua contagem de combos. Eu acabei com o jogo mas não consegui nem arranhar a superfície dos desafios pois são muito difíceis. Para se chegar a 100% do jogo, porém, os desafios são essenciais.

Os desafios do tipo Predador nos ensinam a lutar sem aparecer, pegando bandido por bandido, na maior tensão para não ser localizado pelos demais. A dificuldade é, também, extrema.

No PS3, esses desafios, depois de um download gratuito, podem ser jogados controlando o Coringa. São exatamente os mesmos mas a lógica de combate do Palhaço do Crime é diferente e exige um novo treinamento do zero. Coisa para quem gosta de perder horas a fio em frente à uma televisão para se tornar o Mestre dos Mestres.

Conclusão:

Batman: Arkham Asylum é uma obra-prima. A atenção aos detalhes é impressionante e, apesar de não enfrentarmos todos os vilões clássicos de Batman, eles estão todos lá presentes de alguma forma. É jogar para acreditar. Foi uma maravilha zerar o jogo e achar as 240 charadas. Pela primeira vez na vida tive vontade de jogar um jogo todo novamente, em dificuldade maior, algo que acho que farei nos próximos meses.

Esse jogo é altamente recomendável mas, apesar de Batman não matar ninguém, há muita morte e o uso de palavrões aqui e ali. Não é recomendado, assim, para crianças pequenas.

Nota: 9,5 de 10

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Crítica de videogame: Resistance: Fall of Man



Aqueles que conhecem videogame sabem que Resistance foi lançado junto com o Playstation 3, em novembro de 2006. Dessa forma, não faz nenhum sentido comentários sobre esse jogo que já em 2007 não era mais novidade. De toda forma, só consegui jogá-lo recentemente e devo dizer que adorei a experiência, mesmo três anos atrasada.

Resistance se passa na década de 50 na Inglaterra. O mundo está em guerra, mas não a guerra que conhecemos. Um vírus de origem desconhecida atingiu a União Soviética e se espalhou pelo país, que foi cercado em quarentena. Tempos depois, a quarentena ruiu e a Europa foi infestada pelo vírus, batizado de Chimera. Seu efeito não poderia ser outro: transforma as pessoas em seres horrendos que atuam em conjunto, como abelhas em uma colméia. Você é o sargento Nathan Hale, soldado das forças americanas que desembarca na Inglaterra para ajudar os ingleses a resistir aos monstrengos. Logo no começo do jogo suas forças são dizimadas e Nathan é infectado pelo vírus mas não cai em coma como os demais. Algo em seu DNA é diferente e isso o faz se tornar um híbrido de humano e Chimera, o que é péssimo para os monstrengos. Armado com armas que lembram muito as armas da Segunda Guerra Mundial mas com alguma tecnologia extra ou com armas completamente estranhas e variadas (de granadas a lança mísseis), seu objetivo é dizimar as forças inimigas, tudo isso em "primeira pessoa".

A jogabilidade é sensacional. É bem verdade que demorei um pouco para me acostumar com os controles e, por isso, tomei muito tiro e morri várias vezes ainda no começo da primeira fase. Não há tutorial. O jogo já começa no fogo cruzado e minha inexperiência com videogames ficou evidente.

Mas, mesmo assim, perseverei e comecei a me acostumar a estourar os cérebros dos bicharocos que iam aparecendo. Na medida que eu progredia, ia conseguindo armas mais interessantes, especialmente um rifle "sniper" com lente telescópica e a habilidade de colocar tudo em "câmera lenta", de forma a facilitar aquele tiro perfeito. Esses momentos foram de extremo prazer e minha reclamação maior é que o jogo dá relativamente poucas oportunidades de se usar esse rifle. A maioria do tempo é mesmo com os dois rifles principais, um de tecnologia normal e outro de tecnologia Chimera. É apertar o gatilho e sair matando mas não de forma completamente irracional. Há que haver um mínimo de bom senso. Só sair atirando como em Halo, por exemplo, resultará na morte do sargento, por mais resistente que ele seja. Mas, com algum planejamento e umas granadas bem colocadas, não tem monstro que você não consiga destruir.

Isso tudo sem falar nos veículos. Nathan consegue pilotar um jipe, um andador do tipo AT-ST de Star Wars e um tanque de guerra. São poucos esses momentos mas todos eles muito lindos, de emocionar de tão devastador que é.

Os chefes de fase são variados e do jeito que eu gosto: não muito difíceis. Jogo, para mim, tem que ser divertido acima de tudo e não ridiculamente complicados, exigindo reflexos milimétricos e treinamento constante. Esse jogo oferece tudo na medida certa, sem ser muito fácil ou muito difícil (pelo menos no modo "normal" que joguei).

O grande problema desse jogo é que, como estou acostumado com o treme-treme do controle para me avisar quando estou apanhando, tive sérios problemas para me ajustar. É que Resistance não tem o rumble já que o controle lançado junto com o PS3 em 2006 absurdamente não tinha esse acessório (algo que a Sony alterou nas versões posteriores do console).  Mas, depois de umas 50 mortes eu comecei a me acostumar...

Fiquei tão empolgado que comprei Resistance 2 recentemente mas ele vai ficar fechadinho até eu acabar o maravilhoso Batman: Arkham Asylum que estou jogando agora e, para variar, apanhando muito.

Nota: 8,5 de 10

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Crítica de videogame: X-Men Origins: Wolverine - Uncaged Edition


Nunca fui um grande jogador de videogame. Tenho um PS3, um Wii, um DSi e um PSP mas não sou viciado nos jogos. Acho mais interessante as novidades em si. O PS3 eu tenho mais para ser meu Blu-Ray player, o Wii e o DSi são para minhas filhas e o PSP eu comprei para meu divertimento durante viagens.

Isso explica eu literalmente jogar muito pouco e raramente acabar um jogo que tenha começado. O próprio jogo que me dispus a comentar aqui eu ainda não acabei. Estou na última parte do último chefe. Falta só paciência para acabar, algo que definitivamente não tenho de sobra.

Mas tinha que comentar sobre o jogo de Wolverine (versão do PS3). Não sei se acompanha a estória do filme pois não o vi mas, pelo pouco que sei, parece que sim. A trama é bem idiota o que me faz ainda mais ficar feliz com minha decisão de não assistir o filme no cinema. Mas uma pessoa como eu não joga videogames pelo roteiro...

Vamos falar sobre o jogo. Jogos baseados em filmes, normalmente, são uma porcaria. Aliás, o mesmo se pode dizer de filmes baseados em jogos. Parece que não acharam o PH neutro da química entre as duas mídias. Algum dia acharão, tenho certeza. De toda forma, Wolverine é um jogo bom, muito bom para meus padrões que, decididamente, pelas razões acima, não são muito altos.

Em primeiro lugar, é um jogo fácil. Não é necessário decorar a combinação de 37 botões para se jogar com eficiência. Basta algumas teclas básicas para se arrancar bons efeitos do jogo. Em segundo lugar, não é um jogo de quebra cabeças e sim de porrada pura e simples. É andar em linha reta matando pessoas. Eu sei, eu sei, vão me chamar de insensível e violento. No entanto, sou maior de idade, trabalho, dirijo e convivo com balas perdidas no Rio de Janeiro. Desopilar o fígado é preciso e Wolverine é um bom remédio.

Basta estender as garras - ora de metal, ora de osso, dependendo do momento do jogo - e sair apertando botões para cortar braços e cabeças e, com algum expertise, fazer combos sensacionais, do tipo espetar a cabeça do bandido com uma das garras e cortar a cabeça do cara com a outra. Outro exemplo: pular para cortar o cara ao meio na vertical (da cabeça aos pés), não horizontal. Nada que, alguma vez na vida, você não tenha querido fazer com alguém que detesta...

Apesar da capacidade gráfica do PS3, Wolverine não é o melhor jogo para mostrá-la. Tem gráficos mais simples (para os padrões atuais) com algumas fases que são basicamente paredes brancas ao seu redor. Os inimigos são simples e repetitivos mas vêm em quantidade que sacia, em abundância, minha sede de cabeças rolando pelo chão de um lado e corpos sem a cabeça (e sem braços e sem pernas) estrebuchando de outro.

Os chefes de fase são bem fáceis também e os personagens Marvel que Wolverine enfrenta são jogados lá sem mais nem menos. Um deles vale nota: o Blob. Esse mutante é aquele gordão super-forte que aparece no filme (pelo que soube) e que faz parte do grupo de Magneto nos quadrinhos. Para pegar o Blob de porrada, você tem que pular nas costas deles e literalmente "cavalgá-lo" (sem conotação sexual, por favor), fazendo-o destruir um supermercado no processo. Bem bacana e diferente.

Minha maior ressalva ao jogo é a existêncai de algumas dificuldades que não combinam com a facilidade geral do jogo. Alguns pulos são irritantemente complicados (e é esse problema que estou tendo na fase final) e tem algumas câmeras lentas que são inexplicáveis, só para dificultar sua vida. Mas, em linhas gerais, até um jogador muito mais ou menos e casual como eu consegue passar as fases nesse jogo. Afinal, nada como pular em um helicóptero, arrancar o vidro, pegar o piloto e levantá-lo na direção das hélices para fazer sopa da cabeça dele...

Ah, e os efeitos de regeneração de Wolverine são muito legais. Ao tomar muita pancada, Wolverine começa a ficar ferido, com ossos e órgãos internos aparecendo. A regeneração - em tempo real - só acontece se você correr para algum lugar e ficar sem apanhar por alguns momentos.

Outro lance bem interessante é a possibilidade de você destravar três uniformes para Wolverine. Durante o jogo, você joga com Logan de calça jeans e camiseta branca. Ao destravar os uniformes, você pode se vestir exatamente como nos quadrinhos. E a forma de destravar também é boa: você acha "bonecos" de Wolverine durante o jogo e abre uma fase bonus em que você briga com você mesmo. Tem que ganhar do Wolverine no uniforme que você quer para pegar o uniforme. E a briga é bem difícil. Eu só consegui pegar todos os três quando meu Wolverine já estava bem bombado, com pontos de experiência e golpes novos destravados (algo que acontece meio que naturalmente no desenrolar do jogo).

Diversão garantida para quem gosta de espalhar as tripas de seus inimigos pelo chão.

Nota: 7,5 de 10