segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Oscar 2012 - Os ganhadores e meus comentários


Acabou de acabar a 84ª festa de entrega dos Academy Awards, mais conhecida como a festa do Oscar. Sinto saudade da vez que estive por lá pois foi uma experiência inesquecível. Essa cerimônia foi boa, com alguns ótimos e diferentes momentos e outros nem tanto.

Mas vamos aos pontos positivos e negativos da cerimônia que, como grande novidade, teve a volta de Billy Crystal como apresentador, depois que Eddie Murphy desistiu por força das burradas que Brett Ratner, o então produtor do show e seu amigo fez. Crystal foi uma aposta segura pois ele sempre foi um apresentador consistente (são 9 apresentações com a de hoje) e é adorado por seus pares. Prova disso foi que, ano passado, ele apareceu na cerimônia para apresentar um Bob Hope digital e, logo quando entrou, foi recebido de pé pelos presentes.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Oscar 2012 - As críticas e minhas previsões


Já vi todos os candidatos ao Oscar desse ano, com exceção das três categorias de curta-metragem (animado, live action e documentário), da categoria de documentário longa-metragem (vi três dos cinco candidatos) e de filme estrangeiro (vi um dos cinco candidatos). É verdade que ainda não consegui escrever as críticas de todos mas elas virão muito em breve. De toda forma, acho que posso arriscar meus palpites para a cerimônia de amanhã, dia 26 de fevereiro.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Crítica de filme: Warrior (Guerreiro)

É difícil barrar filmes de "esporte" como veículos para excelente estórias de superação de obstáculos aparentemente intransponíveis. Dentro desse nicho, diria que os filmes de "luta" são ainda mais propícios para essa lição, já que os lutadores não dependem de uma equipe, apenas de sua própria força de vontade e, dependendo do filme, de seu treinador e/ou sua família mais próxima. Guerreiro é o mais novo filme nessa linha e, para minha gratíssima surpresa, talvez o melhor (sim, isso mesmo, o melhor).

Crítica de filme: A Separação (Jodaeiye Nader az Simin)

Em sua superfície, A Separação é um filme que trata sobre isso mesmo, uma separação. O casal, de uma classe mais alta iraniana, claramente ainda se ama mas Simin (Leila Hatami) acredita que, se eles se mudarem para o exterior, a filha do casal, Termeh (Sarina Farhadi), terá melhores chances na vida. Nader (Peyman Maadi) é contra a mudança pois ele precisa ficar para cuidar de seu pai idoso e que sofre de Alzheimer (Ali-Asghar Shahbazi). Assim, para Simin, a separação é a única solução mas desde que, claro, Nader abra mão de Termeh, algo que ele se recusa a fazer.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Crítica de filme: Extremely Loud & Incredibly Close (Tão Forte e Tão Perto)

Eu bem que tentei enxergar a trama por trás de Tão Forte e Tão Perto mas o histrionismo do menino Oskar Schell (Thomas Horn) me impediu na maioria do tempo. Durante os intermináveis 129 minutos de projeção, eu me remexia na cadeira do cinema, tentando encontrar posição para aturar os longos monólogos de cultura de "rádio-relógio" desse pseudo-geninho de 9 anos que perdera o pai (Tom Hanks, em uma ponta no papel de Thomas Schell) no atentado terrorista de 11 de setembro de 2001.

Crítica de filme: Albert Nobbs

Baseado em um conto do autor irlandês George Moore, Albert Nobbs é a estória do personagem título que, na verdade, é uma mulher. Na sociedade machista irlandesa do século XIX, Albert (Glenn Close - nunca sabemos seu nome verdadeiro antes de ser Albert) assume uma persona masculina para conseguir emprego e passa a ser reconhecido por sua extrema dedicação ao trabalho. Quando o filme abre, vemos Albert como o mordomo de um hotel de Dublin que meticulosamente toma conta da arrumação de mesas de jantar.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Crítica de filme: Hugo (A Invenção de Hugo Cabret)

Eu sei que, se você chegou aqui, é porque quer ler alguma crítica sobre A Invenção de Hugo Cabret. No entanto, vai logo um conselho: se você ainda não viu o filme, seria ideal que você fosse assisti-lo sem saber absolutamente nada sobre ele. Cada minuto é uma surpresa e um deslumbramento e não saber nada especificamente sobre esse filme é uma dádiva. Ou quase nada. Basta saber que é o primeiro filme "família" de Martin Scorsese, um dos grandes diretores vivos e que o uso do 3D, nesse caso, é brilhante, uma exceção que confirma a regra que 3D não serve para muita coisa. Assim, pare por aqui, veja o filme no cinema e em 3D e, se quiser, volte depois para ler meus comentários.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Crítica de filme: The Iron Lady (A Dama de Ferro)

A Inglaterra é pródiga em gerar personalidades históricas femininas de extrema relevância no panorama mundial. Ame-a ou odeie-a, Margaret Thatcher é uma dessas personalidades, talvez uma das mais marcantes e importantes (de qualquer sexo) no século XX. Sua relação extremamente próxima a Ronald Reagan, então presidente dos Estados Unidos e suas conversas e apoio ao líder reformista soviético Mikhail Gorbatchev foram dois fatores que muito contribuíram para a derrocada do comunismo. Sem dúvida carregada de decisões polêmicas, Thatcher sempre foi uma pessoa muito certa de suas decisões, como a de não apoiar seu amigo Reagan na invasão de Granada ou a de votar em desfavor às sanções contra a África do Sul.

Crítica de filme: Moneyball (O Homem que Mudou o Jogo)

Não entendo absolutamente nada de baseball. E olha que assisti a jogos pela televisão e também ao vivo em um estádio americano com um amigo de lá viciado pelo jogo me explicando cada jogada. No entanto, não sei o que filmes com baseball na trama têm que é difícil eu desgostar de algum. Adorei o filosófico Campo dos Sonhos, o divertido Uma Equipe Muito Especial, o engraçado Major League, os dramáticos Bull Durham e Fora da Jogada e por aí vai. Poderia listar vários outros. Moneyball, vale logo deixar claro, não foge à regra.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Crítica de filme: Midnight in Paris (Meia-Noite em Paris)

Não sei exatamente por onde começar mas talvez o melhor caminho seja começar por uma ou duas confissões: a primeira delas é que, há muitos anos, por razões que hoje sinceramente não me lembro, criei uma barreira anti-Woody Allen na minha cabeça. Assim, parei de ver os filmes dele. Notem que não tinha e não tenho nada contra os filmes em si mas sim contra a pessoa de Allen e resolvi parar de dar dinheiro para ele. Infantilidade? Com certeza. Mas aí vem minha segunda confissão: sou extremamente teimoso e, quando decido alguma coisa, é quase impossível eu voltar atrás, mesmo que a lógica determine o contrário. Só estabeleci exceções para filmes dele em razão de eventuais indicações ao Oscar, já que, desde que me conheço como gente, vejo todos os indicados para essa premiação. Assim, foi com muito atraso e só depois da lista de indicados ser informada pela Academia é que eu finalmente assisti Meia-Noite em Paris.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Crítica de filme: The Help (Histórias Cruzadas)

Histórias Cruzadas é um filme no mínimo estranho pois trata do grave problema do racismo em pleno Mississipi da década de 60 sem realmente entrar em seus detalhes mais sórdidos e nos eventos mais chocantes. Baseado em bestseller literário homônimo de 2009, escrito por Kathryn Stockett, o filme tem a tendência de abordar o racismo mostrando apenas as questões mais superficiais como o banheiro construído unicamente para empregadas negras, sem realmente chocar a platéia. Mas talvez esse tenha sido o objetivo.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Crítica de filme: The Girl With the Dragon Tattoo - 2011 (Millenium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres - 2011)

Finalmente! Precisou de um grande diretor (David Fincher) e de um grande roteirista (Steve Zaillian) para que conseguissem transformar o fraco (mas interessante) primeiro livro de Stieg Larsson da trilogia Millenium em um filme bom (ótimo na verdade) já que a tentativa sueca foi para lá de medíocre.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Crítica de filme: The Descendants (Os Descendentes)

No imaginário popular, o Havaí, assim talvez como o próprio Rio de Janeiro, é o paraíso na Terra. Praias lindas, vegetação insuperável, vulcões folclóricos e uma população que não faz nada da vida a não ser andar de chinelo, com camisas coloridas e colares de flores no pescoço e um sorriso no rosto. Alexander Payne, o diretor e co-roteirista de Os Descendentes, faz questão de destruir esse mito havaiano logo na abertura do filme e isso quase já vale o preço do ingresso.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Crítica de filme: The Artist (O Artista)

Eu já assisti uma boa quantidade de filmes mudos. Desde clássicos incontestáveis como Metropolis, Gabinete do Dr. Caligari (um de meus favoritos), Nosferatu e as comédias de Buster Keaton, até coisas mais trash como The Lost World. Devo dizer que é um prazer ver esses filmes e fiquei surpreso quando minhas filhas pequenas passaram a apreciar alguns deles também (Chaplin e Keaton especialmente). Assim, foi com grande expectativa que fui assistir no cinema O Artista, filme mudo francês de 2011, dirigido por Michel Hazanavicius e que está fazendo enorme sucesso no circuito das premiações, com grandes chances de levar a estatueta dourada de Melhor Filme.