David Cronenberg sempre teve seu nome associado a filmes nojentos e/ou cheios de sangue. Mas essa sempre foi uma visão reducionista demais da capacidade desse grande diretor. Sim, sem dúvida ele esteve envolvido em clássicos do horror nojento e sanguinolento (vide Rabid, Scanners - Sua Mente Pode Destruir, Videodrome, A Mosca e vários outros) e sim, sem dúvida são esses os filmes que marcam sua carreira e o torna um ícone desse tipo de obra. No entanto, nenhum dos grandes filmes de Cronenberg pode ser somente visto em sua superfície pois sua qualidades vão muito além das aparências. Eles tratam de violência, sexo, morte, horror psicológico e vários outros temas duro que são extremamente bem trabalhados, isso se você conseguir resistir às cenas que fazem alguns torcerem narizes.
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terça-feira, 27 de março de 2012
sábado, 31 de dezembro de 2011
Crítica de filme: A Árvore do Amor (Shan zha shu zhi lian - Festival do Rio 2011 - Parte 8)
A Árvore do Amor é um filme que definitivamente mostra que Zhang Yimou consegue fazer - com sua costumeira maestria - qualquer tipo de filme. Muito diferente de seus filmes mais famosos e de seu trabalho como orquestrador da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, a obra mais recente desse eclético diretor chinês é um filme de baixo orçamento, basicamente com dois atores novos e, por isso, mesmo muito intimista. Ainda que não alcance os patamares de sua melhores obras, como Lanternas Vermelhas (mas chega quase lá), A Árvore do Amor é um delicado filme que merece muito ser visto. Mas, um aviso: levem seus lenços pois esse, com certeza, os fará se debulharem em lágrimas.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Crítica de filme: Sibéria, Monamour (Sibir, Monamur - Festival do Rio 2011 - Parte 7)
Desolação, tristeza, fome, medo, desespero.
São esses os sentimentos que esse filme passa logo de imediato. Mas, no final das contas, o que levamos para casa é um incrível sentimento de bem estar pelo amor que vemos fluir entre neto e avô ao longo do filme. Mesmo esse amor, porém, não é demonstrado de forma óbvia, ficando apenas nas entrelinhas mas essas entrelinhas é que marcam Sibéria, Monamour.
São esses os sentimentos que esse filme passa logo de imediato. Mas, no final das contas, o que levamos para casa é um incrível sentimento de bem estar pelo amor que vemos fluir entre neto e avô ao longo do filme. Mesmo esse amor, porém, não é demonstrado de forma óbvia, ficando apenas nas entrelinhas mas essas entrelinhas é que marcam Sibéria, Monamour.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Crítica de filme: The Devil's Double (O Dublê do Diabo - Festival do Rio 2011 - Parte 6)
Como estou atrasado em meus comentários! O ano está acabando e nem terminei de falar sobre os filmes que vi no Festival do Rio... Bom, o sexto filme foi O Dublê do Diabo, dirigido por Lee Tamahori (Na Teia da Aranha e 007 - Um Novo Dia Para Morrer) e estrelado - duplamente - por Dominic Cooper (o Howard Stark em Capitão América - O Primeiro Vingador), sobre a vida real do dublê de corpo de um dos filhos de Saddam Hussein, Uday Hussein.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Crítica de filme: O Caçador de Troll (Trolljegeren - Festival do Rio 2011 - Parte 5)
Terceiro filme de Halloween para comemorar o dia!
O Caçador de Troll é mais um daqueles filmes de found footage, ou seja, é como se fosse um documentário montado a partir de gravações "achadas" em determinados lugares. É, basicamente, um dos vários filhos de A Bruxa de Blair, como, por exemplo, Atividade Paranormal, e [Rec]. Particularmente, apesar de ter gostado desses exemplos que dei, estou meio cansando desse tipo de filme. Só vi O Caçador de Troll por achar minimamente interessantes esses monstros oriundos da mitologia nórdica.
O Caçador de Troll é mais um daqueles filmes de found footage, ou seja, é como se fosse um documentário montado a partir de gravações "achadas" em determinados lugares. É, basicamente, um dos vários filhos de A Bruxa de Blair, como, por exemplo, Atividade Paranormal, e [Rec]. Particularmente, apesar de ter gostado desses exemplos que dei, estou meio cansando desse tipo de filme. Só vi O Caçador de Troll por achar minimamente interessantes esses monstros oriundos da mitologia nórdica.
Crítica de filme: Attack the Block (Ataque ao Prédio - Festival do Rio 2011 - Parte 4)
Outro filme de Halloween para comemorar o dia. Attack the Block é um pequeno filme britânico de 2010 que andou fazendo sucesso em circuitos de festivais de cinema.
Imaginem um daqueles filmes de monstros da década de 80 mas não aqueles com grandes orçamentos e sim os com monstros mal feitos, até mesmo ridículos como Critters ou Tremors, mas com estórias bem contadas e cativantes. Bem, Attack the Block é exatamente isso: uma volta aos anos 80 de baixo orçamento. O "baixo orçamento" é importante pois quero deixar bem clara a diferença entre Attack the Block e Super 8, o outro filme nostálgico dos anos 80.
Imaginem um daqueles filmes de monstros da década de 80 mas não aqueles com grandes orçamentos e sim os com monstros mal feitos, até mesmo ridículos como Critters ou Tremors, mas com estórias bem contadas e cativantes. Bem, Attack the Block é exatamente isso: uma volta aos anos 80 de baixo orçamento. O "baixo orçamento" é importante pois quero deixar bem clara a diferença entre Attack the Block e Super 8, o outro filme nostálgico dos anos 80.
Crítica de filme: Juan dos Mortos (Juan de los Muertos - Festival do Rio 2011 - Parte 3)
Hoje é o Dia das Bruxas. Assim, nada melhor do que comemorar escrevendo sobre um pequeno filme cubano de zumbis escrito e dirigido por Alejandro Brugués e estrelado pelo engraçado Alexis Diaz de Villegas, no papel título.
Juan (Alexis) é um cubano especialista em não fazer absolutamente nada. Quando somos apresentados a ele, ele está boiando em uma balsa improvisada junto com seu melhor amigo Lazaro (Jorge Molina). Os dois estão pescando mas sem se esforçarem muito, claro.
Juan (Alexis) é um cubano especialista em não fazer absolutamente nada. Quando somos apresentados a ele, ele está boiando em uma balsa improvisada junto com seu melhor amigo Lazaro (Jorge Molina). Os dois estão pescando mas sem se esforçarem muito, claro.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Crítica de filme: Contágio (Contagion - Festival do Rio 2011 - Parte 2)
Contágio estréia oficialmente por aqui na próxima sexta, dia 28 de outubro mas não resisti e assisti ainda durante o Festival do Rio. Afinal de contas, é um filme dirigido por Steven Soderbergh, que nos trouxe os ótimos O Desinformante!, Onze Homens e Um Segredo, Solaris (a refilmagem) e Traffic. Além disso, o filme conta com uma constelação de atores quase sem precedentes: Matt Damon, Gwyneth Paltrow, Laurence Fishburne, Kate Winslet, Jude Law, Marion Cotillard, Elliott Gould, Bryan Cranston, John Hawkes, dentre vários outros.
Crítica de filme: O Detetive Indiano (Festival do Rio 2011 - Parte 1)
Apesar de ter participado ativamente do Festival do Rio 2011, não consegui escrever meus comentários sobre os filmes que vi a tempo. Como é melhor tardar do que falhar, a partir de hoje postarei uma ou duas críticas por dia até completar os 11 filmes que vi esse ano.
O Detetive Indiano é um documentário indiano (em co-produção com os Estados Unidos e Inglaterra) dirigido por Philip Cox. Apesar de ser um documentário, o filme é tão interessante que funciona quase que como uma obra de ficção.
O Detetive Indiano é um documentário indiano (em co-produção com os Estados Unidos e Inglaterra) dirigido por Philip Cox. Apesar de ser um documentário, o filme é tão interessante que funciona quase que como uma obra de ficção.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Festival do Rio 2010 - Todas as Críticas
Que maratona! Foram 16 filmes em 10 dias, mesmo trabalhando em tempo integral e com um vida doméstica bastante atribulada com duas filhas. E olha que minha meta era de apenas 10. No entanto, os horários foram se encaixando, novos filmes foram sendo liberados para compra e eu acabei ultrapassando em muito a meta, ainda que não tenha sido meu recorde já que em 2008 vi 19 filmes.
Crítica de filme: Machete (Festival do Rio 2010 - Parte 16)
Machete foi o 16º e último filme que assisti no Festival do Rio 2010 já que, para mim, a festa acabou ontem. Hoje, parto para os Estados Unidos por uma semana mas terei mais novidades nesse meio tempo.
De toda forma, meu filme de despedida não poderia ter sido melhor. Ação ininterrupta, sangue aos borbotões e mulheres semi-nuas. Esse negócio de roteiro sólido, atuações brilhantes, pós-produção refinada e mensagens edificantes é coisa para mariquinha. Machete é filme de macho!
Crítica de filme: Carancho (Festival do Rio 2010 - Parte 15)
O "carancho" é uma ave de rapina da família dos falcões que tem como característica uma espécie de solidéu preto no topo de sua cabeça. No Brasil, é conhecido como carcará e a ave é tipicamente um parasita oportunista que se adapta à qualquer situação. Come de tudo e se aproveita de animais mais fracos, sem chance de se defender, além da carniça que lhe é peculiar.
Crítica de filme: Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas (Festival do Rio 2010 - Parte 14)
Eu reconheço minha ignorância pois, antes desse filme ganhar a Palma de Ouro do Festival de Cannes desse ano, nunca tinha ouvido falar em seu diretor Apichatpong Weerasethakul, aparentemente conhecido diretor de cinema autoral tailandês. Com a relevância que Tio Boonmee tomou depois da vitória em Cannes, tratei de persegui-lo no Festival do Rio até que consegui ingresso para a única sessão do filme que poderia assistir.
Crítica de filme: Rubber (Festival do Rio 2010 - Parte 13)
Leiam a sinopse oficial desse filme:
"Em algum lugar do deserto californiano, um pneu telepático acorda subitamente para uma missão demoníaca, isto é, assassinar todos os seres que vir pela frente. Os habitantes da região assistem incrédulos aos crimes cometidos por esta espécie de serial killer das rodovias, que sente-se (sic) misteriosamente atraído por uma bela jovem. Em paralelo, uma investigação é lançada."
"Em algum lugar do deserto californiano, um pneu telepático acorda subitamente para uma missão demoníaca, isto é, assassinar todos os seres que vir pela frente. Os habitantes da região assistem incrédulos aos crimes cometidos por esta espécie de serial killer das rodovias, que sente-se (sic) misteriosamente atraído por uma bela jovem. Em paralelo, uma investigação é lançada."
Crítica de filme: Memórias de Xangai (Festival do Rio 2010 - Parte 12)
Memórias de Xangai (Hai Shang Chuan Qi no original e I Wish I Knew em inglês) é um documentário chinês dirigido por Jia Zhang-ke, com 138 minutos de duração. Ele tenta documentar, por meio de depoimentos de 18 idosos chineses, vários momentos históricos da cidade, remontando até meados do século XIX, quando Xangai teve os portos abertos para o comércio internacional, até o início da revolução cultural e a vitória dos comunistas no país.
domingo, 3 de outubro de 2010
Crítica de filme: Buraco Negro (Festival do Rio 2010 - Parte 11)
Por acaso escolhi dois filmes relacionados com jogos eletrônicos nesse Festival do Rio. O primeiro foi Kd Vc? em que um viciado em jogos tem que se livrar do mundo virtual e passar a se relacionar no mundo real e, agora, vi Buraco Negro (L'Autre Monde no original francês) em que o oposto acontece: um rapaz que vive integralmente no mundo real, acaba se envolvendo em uma trama virtual com possíveis e nefastas consequências no mundo real.
Crítica de filme: Route Irish (Festival do Rio 2010 - Parte 10)
Ken Loach é um grande diretor britânico, autor de, dentre outros, The Wind That Shakes the Barley, ganhador da Palma de Ouro de Cannes de 2006. Route Irish é seu mais recente esforço, com base em roteiro de Paul Laverty. É, também meu 10º filme do Festival do Rio, o que significa que já atingi o número de filmes que queria ver quando comecei com Essential Killing. Mas não pararei por aqui pois consegui encaixar 16 filmes na minha lista.
sábado, 2 de outubro de 2010
Crítica de filme: Líbano (Festival do Rio 2010 - Parte 9)
Líbano abre com um bela imagem de um campo de girassóis debaixo de um céu azul bem forte. Essa é a primeira e última tomada exterior desse filme, até os seus segundos finais, 93 minutos depois. E as tomadas interiores que se seguem não são feitas em interiores comuns, mas em apenas um e incomum interior: o de um tanque de guerra israelense no primeiro dia da Guerra do Líbano, que começou em 06 de junho de 1982.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Crítica de filme: Monstros (Festival do Rio 2010 - Parte 8)
A melhor forma de explicar o que é Monstros (Monsters, no original) é fazer a conexão com outros filmes. Assim, imaginem Monstros como sendo uma espécie de cruzamento de Distrito 9 com Cloverfied, com uma pitada de O Nevoeiro. Fixaram a imagem na cabeça? Pois bem: agora retirem do orçamento de Distrito 9 e de Cloverfield, que foi na casa dos 30 milhões, uns 25 milhões e meio. Disso resulta Monstros, filme feito com meros 500 mil dólares mas que tenta se vender como algo na linha e com a qualidade dos filmes citados acima.
Crítica de filme: Kd Vc? (Festival do Rio 2010 - Parte 7)
Kd Vc? (R U There, no original) é um pequeno filme holandês, em co-produção com Taiwan e França, de 2010, sobre o mundo dos jogos eletrônicos e o quanto ele pode alienar as pessoas. É, também, um filme de descobertas e de liberação, de auto-conhecimento e, por que não, de amor. Tudo isso com um orçamento, provavelmente, microscópico.
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