segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Crítica de TV: X-Men - Volume 1

A série dos X-Men que eu cheguei a assistir na televisão foi a que estreou em 1992, acabando em 1997, depois de 5 temporadas. A primeira temporada, contendo 13 episódios, foi, de certa forma, um divisor de águas em termos de desenhos animados.

E explico a razão: pela primeira vez, ou, pelo menos, é a primeira vez que consigo me lembrar, os desenhos passaram a ter continuidade, ou seja, não eram estórias estanques que acabavam e começavam no mesmo episódio. É bem verdade que alguns desenhos da década de 80 também se utilizaram dessa expediente mas não faziam isso por mais do que dois episódios seguidos.


X-Men mostrou que era possível manter o interesse sobre uma mesma estória por três episódios, com direito a menção a situações que aconteceram logo no início da temporada lá pelo seu final, algo que, depois dessa série, tornou-se mais comum.

A série, como todos devem saber, conta a estória de vários mutantes que formam o super-grupo X-Men, sob o comando do Professor X, um dos maiores telepatas do mundo. O grupo é formado por Cíclope, com o poder de lançar rajadas óticas, Jean Grey, outra telepata, Fera, um cientista que tem poderes animais, Tempestade, que controla o tempo, Vampira que absorve o poder dos outros, Gambit, que energiza qualquer objeto que toca e Wolverine, o baixinho que tem garras de metal nas mãos. Juntos, eles logo no começo da série resgatam Jubileu, que cria "fogos de artifício" e logo se junta ao grupo. Durante toda a série, o tema recorrente é o preconceito contra as mutantes e as medidas governamentais para se deter essa "ameça". Obviamente, os heróis também enfrentam o poderoso senhor do magnetismo, Magneto, o mais clássico inimigo do grupo.

O bacana dessa série é que os roteiristas seguiram de maneira muito próxima algumas estórias clássicas em quadrinhos do grupo. Por exemplo, conseguiram a grandiosa saga Days of Future Past, uma das melhores dos mutantes, em apenas dois episódios, simplificando-a bastante mas sem perder o espírito. Da mesma maneira, não esqueceram do triângulo amoroso formado por Jean Grey, Cíclope e Wolverine, elemento recorrente dos quadrinhos e dessa série animada.

A animação, para os níveis de hoje, é bastante "tosca" mas muito fiel à representação dos heróis nos quadrinhos da época. Todas as armas atiram laser, assim como no desenho G.I. Joe da década de 80 e não fazem mal nenhum a ninguém. Mas dá para entender o objetivo: é um desenho que tinha que atingir o maior espectro demográfico possível e colocar tiros e sangue não iria dar muito certo.

X-Men é uma série que conseguiu se sustentar razoavelmente, apesar de sua idade e merece ser vista pelos apreciadores do grupo mutante no mínimo por sua fidelidade aos quadrinhos.

Mais sobre a série: IMDB e TV.com.

Nota: 7 de 10

2 comentários:

  1. Ag, também acho o visual meio tosco para os dias atuais, mas lembro quão bom era naqueles tempos. Ainda é minha "versão" favorita dos x-men. Responsáveis, inclusive, pela decepção ao ver Halloe Berry fazendo a Tempestade no fime... Faltou sensualidade e longos cabelos brancos. Vampira foi outra que decepcionou no filme.
    Mas não sabia deste box... vou tentar comprá-lo e lembrar os bons momentos :-)

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  2. Foi a melhor serie dedesenhos animados que eu já assistir lembro com muita saudade ,adoraria se eles pusessem pra passar de novo seria o máximo ,porque a versão atual e muita fraca e sem graça !!!!

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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."