terça-feira, 9 de novembro de 2010

Club du Film - 5.55 - Strangers on a Train (Pacto Sinistro)

Strangers on a Train (Pacto Sinistro) é um filme americano de 1951, dirigido pelo mestre do suspense Alfred Hitchcock (Psicose, Os Pássaros, Um Corpo que Cai, Janela Indiscreta, Intriga Internacional e muitos outros grandes clássicos) e foi visto pelo Club du Film (mais sobre o Club ao final do post) em 17.08.10.

Hitchcock dispensa apresentações. Apesar de ele ser muito conhecido basicamente por todo mundo, sua ampla filmografia "mais antiga", antes de Janela Indiscreta de 1955, é razoavelmente desconhecida por todos. Filmes como The Lady Vanishes, Sabotador, Interlúdio e Festim Diábólico são pouco discutidos em rodas de conversa em que se esbarra no assunto "filmes de suspense". Pacto Sinistro está nessa categoria.


O filme conta a estória do jogador de tênis Guy Haines (Farley Granger) que acaba conhecendo um sujeitinho muito estranho no trem em que está viajando. Bruno Antony (Robert Walker) se aproxima de Guy sob o pretexto do esporte e os dois acabam conversando sobre seus maiores problemas: Guy tem uma esposa que não quer largá-lo, apesar de saber que ele está apaixonado por outra mulher e Bruno tem um pai que não suporta. Bruno, então, acaba propondo o tal "pacto sinistro" do título em português, coisa que só pode vir mesmo da cabeça de Hitchcock (ok, o roteiro é baseado em livro de Patricia Highsmith mas só Hitchcock para ver oportunidade nesse tipo de estória macabra): um elimina o problema do outro. Como os dois mal se conhecem, não há motivo para um matar o problema do outro e, portanto, seriam crimes perfeitos.

Bruno não para de falar e Guy vê-se desesperado para livrar-se do gosmento ser. No final da conversa, Guy quer distância de Bruno ao passo que Bruno tem certeza que o pacto foi feito e trata, então, na maior tranquilidade, de matar a mulher de Guy. Em seguida, cobra a outra parte do plano de um desesperado Guy, que não tem para onde correr.

A trama vai se desenrolando no melhor estilo do diretor, culminando com uma ótima cena, cheia de efeitos práticos, em um inocente carrossel. Bruno é um personagem horripilante, de certa maneira parecido com Norman Bates, o maluco máximo do cinema.

O filme, com fotografia em preto-e-branco, usa muito bem o claro e o escuro para identificar o bem e o mal. Hitchcock não tem muita firula nesse quesito e os personagens são o que são. Guy usa roupas brancas jogando tênis enquanto que Bruno aparecem e tons mais escuros e muitas vezes nas sombras. Altamente recomendado.

Mais sobre o filme: IMDB e Rotten Tomatoes.


Sobre o Club du Film:

Há mais de quatro anos e meio, em 28 de dezembro de 2005, eu e alguns amigos decidimos assistir, semanalmente, grandes clássicos do cinema mundial. Esse encontro ficou jocosamente conhecido como "Club du Film". Como guia, buscamos o livro The Great Movies do famoso crítico de cinema norte-americano Roger Ebert, editado em 2003. Começamos com Raging Bull e acabamos de assistir a todos os filmes listados no livro (uns 117 no total) no dia 18.12.2008. Em 29.12.2008, iniciamos a lista contida no livro The Great Movies II, do mesmo autor, editado em 2006. São mais 102 filmes. Dessa vez, porém, farei um post para cada filme que assistirmos, para documentá-los com meus comentários e as notas de cada membro do grupo.

Notas:

Minha: 8 de 10
Barada: 8 de 10
Mickey: 8 de 10

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