domingo, 2 de maio de 2010

Crítica de quadrinhos: The Dark Tower: Treachery

A série em quadrinhos baseada na série de sete livros de Stephen King, batizada de A Torre Negra, está chegando ao fim, com a publicação, muito recentemente, do último número do quinto volume (é bem verdade, porém que, diante do sucesso, um novo volume foi anunciado). Fiz meus comentários sobre os dois primeiros volumes aqui e, como vocês podem ver, gostei muito mais deles do que dos próprios livros de King.


O escritor Peter David fez um excelente trabalho em seus dois primeiros volumes, The Gunslinger Born e The Long Road Home. No entanto, em Treachery (Traição, em português), parece ter perdido o gás. Apesar da arte de Jae Lee e Richard Isanove continuar em ascensão, com imagens de tirar o fôlego, a estória perdeu completamente seu ritmo no novo volume.

Dessa vez, vemos Roland ainda enfeitiçado pela bola de cristal rosa chamada Grapefruit (como disse na outra crítica, não vou nem tentar explicar o que é isso aqui), luta pela sua sanidade enquanto seus dois amigos que forma seu Ka-Tet, Cuthbert e Alains, ficam cada vez mais desconfortáveis com a situação, pois nada podem revelar aos seus pais ou ao pai de Roland. Entra em cena Aileen, a sobrinha de Cort, o treinador de pistoleiros que Roland derrotou prematuramente para se tornar o pístoleiro mais novo da estória de seu reino (isso é contato em detalhes em The Gunslinger Born). Ela quer se tornar a primeira pistoleira ao mesmo tempo em que Cort quer que ela se case com Roland.

Tudo vai muito bem até quando as traições - são várias e espalhadas por todo o volume - começam. Nada é o que parece ser e nisso Peter David é bem sucedido, ou seja, consegue escrever bem as motivações dos personagens. No entanto, basicamente nada acontece durante toda essa estória. A presença de Aileen, ainda que interessante, é gritantemente mal aproveitada, quase que uma espécie de desculpa para gastar mais algumas páginas. Treachery parece, na verdade, um enorme epílogo para a aventura iniciada no primeiro volume, algo que poderia ter sido feito em umas cinco páginas ao final de The Long Road Home.

De toda forma, em defesa de Peter David, o grande clímax é perfeitamente escrito e desenhado, fazendo-me quase perdoar o escritor por ter me feito ler um longo volume sem muito acontecendo.

Espero que The Fall of Gilead, o próximo volume, compense o tropeço que foi Treachery.

Nota: 7 de 10

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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."