domingo, 30 de maio de 2010

Crítica de quadrinhos: Jack of Fables vols. 5 e 6


Adoro Fables, série mensal da Vertigo que comentei aqui e aqui. Sua série mensal derivada, Jack of Fables, não é tão boa e fiz meus comentários sobre os quatro primeiros volumes, aqui. Jack of Fables não tinha conseguido me empolgar como a série original e tinha poucas esperanças para os volumes 5 e 6.
No entanto, tive duas gratas surpresas. Nos primeiros quatro volumes Jack se envolve com vários Fables espalhados pelos Estados Unidos, em sua busca de fama e dinheiro. De forma crescente, Jack se envolve com um grupo de misteriosas pessoas chamadas de Literais e os volumes 5 e 6 são, respectivamente, o prelúdio e a grande batalha entre os Literais que querem destruir os Fables e aqueles que querem apenas mantê-los sob controle. Jack, claro, acaba se metendo na confusão e, com toda sua arrogância e prepotência, acaba ajudando.

Jack of Fables, vol. 4, batizado de Turning Pages, começa com uma ótima estória flashback passada no velho oeste em que Jack é um bandido assassino que passa a ser perseguido pelo Xerife Bigby (o lobo mau da Chapeuzinho Vermelho e dos Três Porquinhos). Essa estória não tem nenhum relação com a continuidade de Jack mas é muito bacana e divertida. A segunda metade trata dos Literais e, como eu disse, do começo da batalha entre Bookburner (o Literal mal) e Mr. Revise (o Literal menos mal). Para quem não sabe, os Literais são uns seres cujos poderes criam os Fables. São como deuses dentro desse universo criado pelo escritor Bill Willingham e uma interessante adição à mitologia.

No volume 5, batizado de The Big Book of War, Jack se auto-denomina Líder dos Fables e, assim, da forma mais preguiçosa possível, lidera a guerra contra Bookburner que, como o nome diz, quer queimar os livros originais dos Fables, destruindo-os completamente. Obviamente que Jack pouco se importa com seus pares, tendo como objetivo, unicamente, transar ao mesmo tempo com as irmãs Page, Literais que ele conhece nos primeiros volumes da série e com quem ele já transou separadamente algumas vezes. Willingham contrói uma bem bolada guerra mas, ao final, recorre a uma solução muito fácil, tirando da manga um Deus Ex Machina (que, na verdade, muito espertamente, é usado duas vezes na estória).

Dois volumes melhores que os quatro primeiros. Agora, no próximo volume, teremos um crossover entre essa série e a série original Fables, além da série limitada The Literals. Vamos ver o que sai daí...

Notas:

Volume 5 - 8 de 10
Volume 6 - 7,5 de 10

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