Consegui atrasar o máximo possível o que sabia que seria inevitável: assistir High School Musical 3: Senior Year. Já vi as partes 1 e 2 algumas dezenas de vezes (tenho duas filhas) e estava viajando quando HSM3 passou nos cinemas por aqui. Que pena...
No entanto, forças mais poderosas que eu me fizeram assistir a terceira parte dessa "trilogia" (???) e posso dizer que o filme cumpre seu papel: traz músicas cativantes, uma rapaziada bonita, números de dança razoáveis e uma estória sentimental batida sobre decidir seu próprio futuro mas que atinge diretamente os adolescentes.
Não dá para dizer que é um filme ruim. Apenas não é um filme para adultos. Tem alguns momentos engraçadinhos com a divertida Sharpay (Ashley Tislade), a personagem "malvada" da série, e número músicais bem energéticos.
A estória? Bem, ela é inexistente. O filme conta as últimas semanas dos alunos formando do colégio East High, suas esperanças, seus futuros, seus amores e coisas do gênero. É filme feito para agradar em cheio seu público alvo mas que tem o mérito de não torrar completamente a paciência dos adultos que eventualmente tenham que acompanhar suas crianças ao cinema (e, depois, assistir ao DVD ao menos umas 15 vezes).
A direção é burocrática ao extremo, sem nenhuma tentativa de se criar um filme de arte. É quase um filme de televisão feito para o cinema (e é mesmo, em última análise). Teria sido um pouco melhor se houvesse algum conflito, algum embate entre protagonistas e antagonistas. No entanto, para ser o mais politicamente correto possível, a Disney converteu a vilã Sharpay dos outros dois filmes em uma menina "pentelha" apenas, um ante-projeto daquilo que poderia ter sido. Outro ponto fraco do filme é a tal Grabriella Montez (Vanessa Hudgens), a paixão de Troy Bolton. Ela nunca foi nada especial nos outros filmes e, nesse, está completamente sem sal. Mas há uma explicação clara: o foco do filme é em Troy Bolton (Zac Efron) que efetivamente é o grande atrativo para as meninas a quem o filme se destina. Mas o garoto até que não é mal atuando e, se não pisar na bola, pode ter uma carreira razoável pela frente, longe de musicais tolinhos.
Nota: 5 de 10
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