domingo, 27 de dezembro de 2009

Crítica de filme: 2012

Roland Emmerich é o mestre dos filmes de destruição. Ele dirigiu e escreveu Independence Day, Godzilla, The Day After Tomorrow e, agora, 2012. Ele até mesmo tentou sua sorte com filmes fora desse gênero como o já clássico do trash Universal Soldier, o interessante Stargate (que deu origem a, até o momento, três séries de TV), o chato The Patriot, com Mel Gibson e o ridículo 10,000 BC, com homens da caverna evoluídos demais para o meu gosto.

Na seara de filmes de destruição, Emmerich, em princípio, para o meu gosto, está empatado. Fez o ótimo Independence Day, o bom The Day After Tomorrow, o ruim Godzilla e o péssimo 2012, como vocês lerão agora. Vamos ver se, no próximo filme de destruição, Emmerich desempata a favor dele...

2012 é um filme que parte da premissa que o mundo acabará no ano título. A razão pouco importa. Emmerich arruma um desculpa geológica e solar qualquer que talvez até faça algum sentido mas que não interessa muito. O negócio é não perder tempo e já sair destruindo todas as cidades que orçamento do filme permitir. John Cusack faz o papel do herói Jackson Curtis que, por coincidência (sempre ela!) descobre um pouco antes do tempo o plano de acobertamento encabeçado por vários governos. Há algum tempo se sabe da destruição iminente mas, para evitar o caos (sempre ele!) é melhor não contar para a população e criar um plano secreto de sobrevivência.

Bom, Curtis parte então para salvar seus filhos e sua ex-mulher, que carrega a tiracolo o atual marido. Dirigindo uma limusine preta (Curtis é motorista), ele atravessa a cidade de Los Angeles que vai se desfazendo ao seu redor. Essa sequência é irretocável em termos de efeitos especiais. Os prédios, os viadutos, as estradas, tudo vai desmoronando e a limusine passando quase incólume. É a sequência do filme. Infelizmente, é também a sequência do trailer e, quem viu o trailer, já viu a sequência inteira. Eu realmente não entendo a necessidade de se fazer trailers que conseguem estragar um filme inteiro.

Bom passada essa sequencia, que deve durar uns 5 minutos, temos, ainda, só uns 130 minutos (!!!) de filme pela frente. A família de Curtis, nesse meio tempo, passa por três decolagens difíceis (acho que faltou assunto a Emmerich e ele resolveu repetir as sequências), descobre onde estão escondidos as "naves" de fuga construídas pelos governos de todos os países desenvolvidos e partem para lá. Para justificar a metragem do filme (158 intermináveis minutos ao total), perdemos um tempão no começo com explicações pseudo-científicas, depois mais uma eternidade lidando com o presidente negro (mais um!) dos Estados Unidos (Danny Glover), outros tantos minutos com um monge budista e sua fuga e por aí vai. Temos também uma longa (nada nesse filme é curto, afinal de contas) ponta de Woody Harrelson, como um tresloucado locutor de rádio que revela os segredos para Curtis.

Mas o que mata mesmo o filme é que, depois de toda a destruição que testemunhamos, ainda temos que lidar com quase um filme inteiro sobre a fuga final, algo no estilo de O Destino do Poseidon, com Curtis tentando consertar uma máquina emperrada para permitir o fechamento de uma comporta. Acho que ficamos quase que uma hora nessa brincadeira inútil e sem graça, depois de toda a novidade do filme ter escoado (e isso para quem não viu o trailer, claro).

2012 tem bons efeitos especiais, zero de estória (mas quem espera um estória em filmes como esse, certo?) e  intermináveis minutos que fazem o filme ficar arrastado e sem nenhuma dúvida sobre o que vai acontecer ao final. Até mesmo o segredo das "naves" é dolorosamente evidente mas Emmerich deve ter se achado o "esperto" ao imaginar isso. Se quiserem ver esse filme, sugiro fortemente que não vejam o trailer antes.

Nota: 4 de 10

2 comentários:

  1. Ola , obrigado pela critica...em meia hora de filme ja desistir de ve -lo.

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    1. ah, independence day tabem é uma porcaria com o will smith fazendo piadinhas em meio a um caos alienigena

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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."