Ernesto "Che" Guevara foi e continua sendo uma lenda. Não compartilho de seus ideias - longe disso - e detesto ver sua imagem sendo explorada por todo revolucionariozinho imbecil da América Latina.
Por isso relutei muito para assistir Diarios de Motocicleta. Errei. Mas consertei o erro agora.
Walter Salles fez um filme muito bonito que independe do mito de "Che". Sim, claro, é uma espécie de viagem pelo auto-conhecimento e vemos as raízes românticas para as atitudes do futuro "revolucionário". No entanto, o filme é mais do que a estória de "Che" Guevara. É um belo passeio pela América Latina no ano de 1952, passeio esse que excluiu o Brasil, como se ele nem mesmo existisse.
Imagens belíssimas permeiam diálogos bem feitos e uma estória linear mas eficiente. Gael García Bernal, ótimo ator, ajuda o diretor a retirar o estigma de "Che" do personagem "Che". Ele afasta a estória do mito e nos coloca próximo do homem, ainda sem quaisquer ideais. O grande amigo de "Che", Alberto Granado (vivido por Rodrigo de la Serna), é quem impulsiona a viagem, sempre empolgado e oferece muitos comic reliefs.
Qualquer um que conseguir se despir do preconceito de um "filme sobre Che", deveria ver Diarios de Motocicleta.
Nota: 7,5 de 10
Já estou para assistir à anos
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