Toda semana eu e mais três amigos nos reunimos para ver um filme contido na lista de 100 do Roger Ebert no livro The Great Movies. Estamos há quase 3 anos nessa brincadeira e decidimos que acabaremos na penúltima semana desse ano, quando os 3 anos efetivamente completar-se-ão.
Para isso, ontem, decidimos assistir dois filmes de uma vez e escolhemos os dois mais curtos. Resultado: vimos Pinocchio e Nosferatu back-to-back. Não faz nenhum sentido, eu sei, mas foi divertido. Já tinha visto Pinocchio umas 10 vezes antes mas ver com amigos é mais divertido pois todas os comentários sobre as conotações pedófilas, atitudes gays e o quanto a Fada Azul é jeitosinha saíram... Foi, definitivamente, uma outra forma de assistir ao desenho do narigudo mais famoso do cinema.
Nosferatu - o do mestre F.W. Murnau, não o do Herzog - é um filme sensacional. É o precursor dos filmes de monstro e vampiros. A atuação de Max Schreck como o narigudo Count Orlock é inacreditável e o trabalho do maquiador foi sensacional, criando uma das mais horripilantes encarnações do bom e velho Dracula. A iluminação cria uma atmosfera aterradora, muito diferente dos sustos baratos dos filmes de terror atuais. É muito bacana imaginar como deve ter sido a reação da pláteia lá pelos idos de 1922, quando esse filme foi lançado.
O único senão - que não levo em consideração em minha nota abaixo - é a versão do filme que assistimos: algum cretino resolveu colocar como trilha sonora desse filme (que é mudo) músicas cantadas do grupo de rock Type O Negative. Nada contra o grupo mas a trilha não tem nada a ver com a atmosfera macabra do filme e fiquei com vontade de socar o responsável por essa mutilação cinematográfica. Sorte que eu já tinha assistido o filme com uma trilha bem mais satisfatória...
Nota de Pinocchio: 8 de 10
Nota de Nosferatu (descontando a trilha imbecil): 9 de 10
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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."