Quando soube do lançamento iminente desse filme animado, baseado em livro homônimo americano para crianças, achei que não dava uma boa estória para um longa metragem. Quando vi o trailer, passei a ter certeza que o filme não seria bom: animação meio tosca e premissa idiota demais. No entanto, em um clara demonstração de falta de personalidade, comecei a ler as críticas que apareceram - em sua maioria elogiosas - e passei a querer ver, afinal, do que se tratava.
Eu sei, fui levado pelo canto da sereia...
Tá Chovendo Hamburguer conta a estória de um inventor maluco chamado Flint Lockwood. Ele mora com seu pai em um cidade em uma ilha perdida no Atlântico. Toda a vida da ilha gira em torno da pesca de sardinhas mas, com a queda do mercado desse peixe, os habitantes passam a ter que consumir o que produzem. Assim, claro, Flint inventa um aparelho que converte água em qualquer tipo de alimento: pizzas, almôndegas, hambúrguers e outros (nada saudável, aparentemente). Acontece um acidente e a maquineta vai parar literalmente nas nuvens e começa a gerar uma chuva de comida. Flint, levado pela fama instantânea e pelos pedidos do minúsculo prefeito da cidade, passa a fazer chover comida três vezes por dia. Desnecessário dizer que dá tudo errado e cabe à Flint superar seus problemas, ajudado por uma repórter bonita que esconde ser nerd e por seu pai, que não tem olhos, só sobrancelhas.
É uma estória cheia de lições de moral que atrapalham seu desenrolar e, por incrível que pareça, não são claras o suficiente para as crianças entenderem. Em cima disso, há a animação bastante simples e caricata que simplesmente não gostei. Há uns exageros interessantes como o furacão de macarrão com almôndegas e outros simplesmente ridículos como o clímax em que Flint tem que enfrentar uma versão monstruosa de sua máquina fazedora de comida.
O desenho basicamente não tem estória para se sustentar por 90 minutos e os personagens não são nada cativantes. É um tanto surreal mas não como Up e sim como um desenho ruim do tipo Looney Tunes. A Sony até já tinha feito um filme animado razoável (Surf's Up) mas sua nova tentativa não chegou nem lá. Chato para os adultos e sem sentido para as crianças.
Ah, esqueci de dizer, o filme faz uso da técnica 3D como é moda hoje em dia. Aliás, almondêngas e rosquinhas voando na direção do telespectador é prato feito (com trocadilho) para essa tecnologia. No entanto, a versão que vi foi 2D pelo que não dá para saber se o filme ficaria melhor em 3D. Eu particularmente parto da premissa que se o filme não funciona em 2D, não funcionará em 3D.
Nota: 3 de 10
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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."