terça-feira, 6 de outubro de 2009

Crítica de filme: Cloudy With a Chance of Meatballs (Tá Chovendo Hamburguer)

Quando soube do lançamento iminente desse filme animado, baseado em livro homônimo americano para crianças, achei que não dava uma boa estória para um longa metragem. Quando vi o trailer,  passei a ter certeza que o filme não seria bom: animação meio tosca e premissa idiota demais. No entanto, em um clara demonstração de falta de personalidade, comecei a ler as críticas que apareceram - em sua maioria elogiosas - e passei a querer ver, afinal, do que se tratava.

Eu sei, fui levado pelo canto da sereia...

Tá Chovendo Hamburguer conta a estória de um inventor maluco chamado Flint Lockwood. Ele mora com seu pai em um cidade em uma ilha perdida no Atlântico. Toda a vida da ilha gira em torno da pesca de sardinhas mas, com a queda do mercado desse peixe, os habitantes passam a ter que consumir o que produzem. Assim, claro, Flint inventa um aparelho que converte água em qualquer tipo de alimento: pizzas, almôndegas, hambúrguers e outros (nada saudável, aparentemente). Acontece um acidente e a maquineta vai parar literalmente nas nuvens e começa a gerar uma chuva de comida. Flint, levado pela fama instantânea e pelos pedidos do minúsculo prefeito da cidade, passa  a fazer chover comida três vezes por dia. Desnecessário dizer que dá tudo errado e cabe à Flint superar seus problemas, ajudado por uma repórter bonita que esconde ser nerd e por seu pai, que não tem olhos, só sobrancelhas.

É uma estória cheia de lições de moral que atrapalham seu desenrolar e, por incrível que pareça, não são claras o suficiente para as crianças entenderem. Em cima disso, há a animação bastante simples e caricata que simplesmente não gostei. Há uns exageros interessantes como o furacão de macarrão com almôndegas e outros simplesmente ridículos como o clímax em que Flint tem que enfrentar uma versão monstruosa de sua máquina fazedora de comida.

O desenho basicamente não tem estória para se sustentar por 90 minutos e os personagens não são nada cativantes. É um tanto surreal mas não como Up e sim como um desenho ruim do tipo Looney Tunes. A Sony até  já tinha feito um filme animado razoável (Surf's Up) mas sua nova tentativa não chegou nem lá. Chato para os adultos e sem sentido para as crianças.

Ah, esqueci de dizer, o filme faz uso da técnica 3D como é moda hoje em dia. Aliás, almondêngas e rosquinhas voando na direção do telespectador é prato feito (com trocadilho) para essa tecnologia. No entanto, a versão que vi foi 2D pelo que não dá para saber se o filme ficaria melhor em 3D. Eu particularmente parto da premissa que se o filme não funciona em 2D, não funcionará em 3D.

Nota: 3 de 10

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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."