sábado, 3 de outubro de 2009

Crítica de filme: New York, I Love You (Nova Iorque, Eu Te Amo)

A cidade do Rio de Janeiro foi eleita como a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 e o Brasil sediará a Copa do Mundo de 2014. Assim, nada mais óbvio do que assistir New York, I Love You para comemorar. Por quê? Oras, por que, recentemente, foi anunciado que o Rio será a terceira cidade a ser alvo dessa série de filmes-homenagem, que se iniciou com Paris, Je T'Aime. O Rio de Janeiro está com tudo e não está prosa!

NY, I Love You, assim como seu antecessor, é uma declaração de amor à cidade título. Não é, porém, um filme de paisagens, em que se foca o Empire State Building, a Estátua da Liberdade, o Central Park e símbolos do gênero. Não. São estórias mais ou menos interligadas dirigidas e estreladas por um pout-pourri de pessoas. O resultado é um filme muito interessante que não deixa de abordar os aspectos mais famosos dessa grande cidade. Para se ter uma idéia, a primeira cena do filme é uma divertida brincadeira com os táxis nova iorquinos. Eles são difíceis de pegar na hora do rush e são sempre dirigidos por indianos, turcos e outros imigrantes. Bacana.

O filme é estrelado por atores veteranos e novos em uma excelente mescla. Temos desde os sensacionais James Caan, John Hurt e Julie Christie, passando pelo ótimos Ethan Hawke, Andy Garcia, Chris Cooper e Christina Ricci até os relativamente novatos Natalie Portman (que também dirige um segmento), Shia LeBoeuf (em seu melhor papel até aqui, o que não quer dizer muito tendo em vista o tipo de filmes que costuma estrelar) e Orlando Bloom. Há muitos outros mas o destaque mesmo - e que me emocionou genuinamente - foi a participação especialíssima do ancião Eli Wallach, no alto de seus 94 anos!!! Para quem não sabe, Eli Wallach é um veterano do cinema, tendo estrelado mais de 150 filmes, dentre eles um de meus favoritos: The Good, The Bad and The Ugly (Três Homens e um Destino). Ele fez o papel de Tuco, o "The Ugly" do título. Sua participação, sozinha, já vale o preço do ingresso.

São, ao todo, 10 diretores, 8 deles não americanos (conto Natalie Portman como israelense pois, tecnicamente, ela nasceu em Israel). Isso dá uma visão cosmopolita ao filme ao mesmo tempo que nos são trazidas técnicas de direção bem diferentes e interessantes.

Acho que o filme agrada tanto pelas partes quanto pelo todo e é uma boa forma de homenagear as cidades mais importantes do mundo. Será interessante ver o Rio de Janeiro retratado nesse mesmo espírito.

Nota: 7,5 de 10

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