quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Crítica de filme: Jennifer's Body (Garota Infernal)

Estava eu em Nova York quando reparei que era o fim de semana de estréia de Paranormal Activity, o tal filme que, dizem, foi feito por 15 mil dólares e que está se tornando o novo Bruxa de Blair. Saí lá meio abobalhado após o sensacional show ao vivo do Senhor dos Anéis no Radio City Music Hall (conto sobre isso outro dia, prometo) e fui tentar comprar um ingresso para alguma sessão perto da meia-noite. Mal eu sabia que o filme havia se tornado "O FILME" e todo mundo na cidade parecia querer vê-lo. Assim, dei de cara com as sessões de 23:45, 00:15, 00:30 e 01:00 completamente esgotadas.

Diante disso, não me restou alternativa que não comprar um ingresso para algum outro filme mais ou menos no mesmo horário que eu ainda não tivesse visto e que tivesse o mínimo interesse em ver. Jennifer's Body logo saltou aos olhos. Afinal, era um filme protagonizado pela beldade do momento: Megan Fox.

Bom, posso dizer o seguinte: apesar da presença de Megan Fox, um atrativo inegável, devia mesmo é ter ido para o hotel dormir. Êta filminho ruim...

E olha que a premissa era de fato minimamente interessante. Roteirizado por Diablo Cody, que escreveu o ótimo Juno, Jennifer's Body conta a estória de Jennifer (Megan Fox), uma líder de torcida escultural que é possuída por um demônio e passa a matar todos os garotos que consegue atrair para sua armadilhas sexuais. Tinha tudo para ser um filme no mínimo bom: uma excelente roteirista, uma atriz conhecida por seus predicados, digamos, físicos e uma estória de monstro com muito sangue.

No entanto, o "santo" que baixou em Diablo Cody ao escrever Juno já não está mais lá ou, então, Cody estava de palhaçada. O roteiro é tão ruim, tão "mão pesada" que torna o filme um festival de vômitos pretos e sanguinolência sem qualquer propósito. Aliás, minto, Diablo Cody imaginou uma breve cena de lesbianismo e acho que podia escrever um filme ao redor disso... Não tinha direção que salvasse isso e o fato de Karyn Kusama - a diretora - só ter em seu currículo o mediano para fraco Aeon Flux, de 2005, não ajudou em absolutamente nada.

Para se ter uma idéia, o roteiro é tão imbecil que conseguiu tornar Megan Fox, uma mulher inegavelmente sexy, em um garotinha qualquer, sem a menor graça no contexto geral. Em comparação, os dois Transformers (aqui os comentários do segundo) do também "mão pesada" Michael Bay, exalam sensualidade ao mostrar Fox. Jennifer's Body, em seu turno, exala total indiferença e muitos bocejos, muitos mesmo. Amanda Seyfried, atriz de Mamma Mia!, faz Needy, a melhor amiga de Jennifer e Amanda, bem sem graça, nesse filme está muito, mas muito mais atraente que Megan.

Sei que estou falando demais do quão pouco sexy está Megan Fox nesse filme mas venhamos e convenhamos, ninguém espera da moça uma grande atuação. Da mesma forma, ninguém espera de um filme com a premissa acima algo mais do que uma diversão rápida. No entanto, Diablo Cody, ao retirar os dois elementos de atração desse filme - a sensualidade de Megan Fox e a diversão - acabam com qualquer chance do filme ser um mínimo de razoável.

Definitivamente, devia ter voltado para o hotel...

Nota: 1 de 10

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