sábado, 3 de outubro de 2009

Crítica de filme: Hachiko: A Dog's Story (Sempre ao Seu Lado)

Lasse Halström é o diretor dos ótimos Chocolat e The Cider House Rules. Ao ver que seu mais recente filme estava passando no Festival do Rio, decidi assisti-lo. Hachiko: A Dog's Story (Sempre ao Seu Lado) é um filme cuja sinopse já conta toda a estória. Talvez até por isso, resolvi descobrir como é que o diretor faria um filme minimamente interessante.

Para aqueles que não querem saber nada sobre a trama do filme, vai minha sinopse super resumida: o filme conta a estória de amor - baseada em estória verdadeira acontecida nos anos 30 no Japão - entre um homem identificado apenas como Professor (Richard Gere) e o cachorro Hachi, que ele adota ao encontrá-lo abandonado em uma estação de trem. Pronto, é isso. Quem gosta de cachorros e de um drama, deve assistir esse filme.

No entanto, o filme é super lacrimogênio. A sinopse verdadeira é:

SPOILER SPOILER SPOILER

O filme conta a estória de amor - baseada em estória verdadeira acontecida nos anos 30 no Japão - entre um homem identificado apenas como Professor (Richard Gere) e o cachorro Hachi, que ele adota ao encontrá-lo abandonado em uma estação de trem. O cachorro todo dia acompanha seu dono à estação e todo dia está lá para pegá-lo. Um dia, o Professor morre no trabalho mas Hachi passa os próximos 10 anos voltando todos os dias para a estação para esperar seu antigo dono.

Com essa sinopse, vocês podem entender por que eu chamei o filme de lacrimogênio. Quem quiser de debulhar em lágrimas vendo o leal cachorro voltando à estação todos os dias para esperar seu dono falecido, veja o filme. Quem gostar muito de filmes de cachorro e quiser chorar muito, veja o filme. Quem gostar muito do Richard Gere - que, tenho que admitir, está envelhecendo muito bem - veja o filme.

Depois da morte do Professor, o cinema todo começou a fungar e lenços de papel e de pano trocaram de mão várias vezes. Uma festa para a gripe suína...

De toda forma, ainda que a estória do cachorro (verdadeira, devo relembrar) seja realmente impressionante, o filme é só isso. Não é ruim mas apenas, digamos, vazio, sem muito mais do que o está na sinopse. Lasse Halström, para tornar o filme mais identificável com platéias ocidentais, fez o filme se passar em uma cidade americana, com um casal americano, mas deixando lá alguma coisa de oriental, como o cachorro, a coleira dele e o melhor amigo do Professor, Ken (Cary-Hiroyuki Tagawa). Ficou bacana, sem dúvida e o cachorro é realmente muito bonito mas faltou algo que não sei bem explicar.

Nota: 5 de 10

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