segunda-feira, 12 de abril de 2010

Club du Film - 5.39 - The Producers (1968) (Primavera para Hitler - 1968)

The Producers foi o sexto filme do 5º ano do Club du Film (mais sobre o Club ao final desse post). Assistimos ao filme no dia 09.02.10.

The Producers (1968) foi o primeiro filme dirigido pelo sensacional Mel Brooks que, depois, nos trouxe Blazing Saddles, Young Frankenstein, High Anxiety, History of the World: Part I, Spaceballs e várias outras pérolas da comédia escrachada, efetivamente criando um subgênero satírico que só pode ser caracterizado como "estilo Mel Brooks de comédia".

No entanto, meu primeiro contato com The Producers se deu de maneira inversa. O filme se tornou um musical da Broadway em 2001 e, alguns anos depois, sem ter visto o filme, assisti a peça em Los Angeles com Nathan Lane e Martin Short. Junto com Spamalot do grupo Monty Python, considero The Producers como as peças mais engraçadas que já vi na vida. Tive cãimbras estomacais ao assistir às duas.

Aí, claro, curioso que sou e admirador do tal "estilo Mel Brooks", tratei de ver o filme não muito tempo depois da peça de teatro e foi uma decepção. Sim, uma decepção. Talvez eu estivesse contagiado pela experiência teatral que tinha acabado de ter e o filme acabou abafado, quase sem graça. Sei que isso é certamente injusto com essa obra de Mel Brooks mas não posso fazer nada. Foi o que achei. E, para fins de comparação, a refilmagem de 2005 também não funcionou muito bem para mim. Acho que realmente fui contaminado pelo teatro.

Paciência.

No entanto, por favor, The Producers é considerado uma das grandes comédias de Brooks e de forma alguma quero que essa crítica diminua o interesse dos que ainda não viram o filme. Quem gostou do filme de 2005 certamente gostará desse de 1968.

A estória! Já ia me esquecendo dela que, diga-se de passagem, é sensacional. Max Bialystock (Zero Mostel) é um produtor teatral da Broadway que já viu dias de glórias mas que, agora, não acerta uma. Quando o contador certinho Leo Bloom (Gene Wilder), descobre que seria possível enriquecer com a contabilidade de uma peça que fosse um fracasso certo, os olhos de Max brilham e os dois partem para caçar um roteiro que, sem dúvida alguma, será um fracasso. Acabam achando o roteiro de uma peça intitulada Primavera para Hitler, escrita por um ex-soldado nazista que ainda é nazista e adora Hitler mas que hoje cuida de pombos. A peça é uma ode ao maníaco líder nazista e, obviamente, não poderia gerar uma peça de sucesso. Seria um ultraje total, certo?

Max, então, parte para arrumar dinheiro para bancar a peça e começa a mexer em sua agenda para tirar dinheiro de todas as senhoras idosas que consegue enfeitiçar com seu charme. Com tudo pronto, a peça é lançada e, como não poderia deixar de ser, é um SUCESSO estrondoso. É o fim da carreira de Max e Leo?

A estória, por si só, vale ver as duas versões do filme e assitir à peça de teatro pois Mel Brooks consegue ser preciso em suas doses de sarcasmo, comédia rasgada e crítica social. Apesar de algumas atuações histriônicas, talvez ditadas pelo roteiro, a estória é 100%. O que não gostei no filme não conta de verdade pois foi uma visão afetada pelo quanto eu gostei da peça de teatro. De toda forma, achei que Zero Mostel não está bem no papel de Max e Gene Wilder está exagerado e teatral demais para ser Leo Bloom.


Sobre o Club du Film:

Há pouco mais de quatro anos, no dia 28 de dezembro de 2005, eu e alguns amigos decidimos assistir, semanalmente, grandes clássicos do cinema mundial. Esse encontro ficou jocosamente conhecido como "Club du Film". Como guia, buscamos o livro The Great Movies do famoso crítico de cinema norte-americano Roger Ebert, editado em 2003. Começamos com Raging Bull e acabamos de assistir a todos os filmes listados no livro (uns 117 no total) no dia 18.12.2008. Em 29.12.2008, iniciamos a lista contida no livro The Great Movies II do mesmo autor, editado em 2006. São mais 102 filmes. Dessa vez, porém, tentarei fazer um post para cada filme que assistirmos, com meus comentários e notas de cada membro do grupo.


Notas:

Minha: 7 de 10
Barada: 8,5 de 10
Gort: 8,5 de 10

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