domingo, 24 de janeiro de 2010

Crítica de filme: Julie & Julia


Já quero deixar uma coisa bem clara: eu não gosto da Meryl Streep. Apesar de todos os louros que ela recebe como atriz, eu a considero uma atriz de um papel só: um papel dramático, pesado, que exija muita choradeira. Sei que é preconceito meu mas paciência, é o que acho. A situação ficou pior ainda quando vi Mamma Mia, em que Meryl Streep saltita na cama como se fosse uma baleia beluga se debatendo na praia.

Outra coisa que também tem que ficar clara: Nora Ephron, a diretora de Julie & Julia, é, em minha opinião, uma das piores diretoras da atualidade. Fez coisas horríveis como Sleepless in Seatlle, Michael, You've Got Mail e Bewitched.

Partindo dessa premissa, comecei a assistir Julie & Julia unicamente porque sei que o filme, segundo tenho visto, tem chances de concorrer ao Oscar. Tinha certeza que a nota mais alta que poderia dar ao filme era 5, isso se a metade sobre Julie, a personagem que NÃO é vivida por Meryl Streep, fosse perfeita.

Quando o primeiro trecho com Meryl Streep no papel de Julia Child começou, com ela imitando o irritante jeito de falar de Child (uma famosa "cozinheira estrela" norte americana, que ensinou a eles como cozinhar no estilo francês), comecei a revirar os olhos e pensar seriamente em não dar nota mais alta que 3 ou 4, independente da estória de Julie.

Mas aí o filme começou a ficar genuinamente bom. Primeiro, a estória é bem bolada. Baseada ao mesmo tempo no blog de Julie Powell (a cativante Amy Adams), que tinha como objetivo recriar, em um ano todas as quinhentas e tantas receitas do primeiro livro de Julia Child (Meryl Streep) e no próprio livro de Child, o filme fica literalmente quicando entre o presente com Julie e o passado, com Julia. A primeira se virando para tornar a vida mais interessante, com a utilização do verdadeiro dom que tem, cozinhar, e a outra também se virando para dar algum propósito à sua vida em Paris, como esposa de um diplomata americano (Paul Child, vivido magistralmente por Stanley Tucci).

A reconstrução de Paris lá pelos idos de 1949 é perfeita e pela primeira vez vi Meryl Streep efetivamente funcionando em um papel alegre, divertido. A interação dela com Stanley Tucci mostra que Nora Ephron soube escolher bem seus atores. Em Nova Iorque, no presente, Amy Adams também está muito bem em seu papel de jovem sem rumo, que detesta seu trabalho (quem não detestaria ser uma profissional de uma empresa que lida com o seguros do ataque de 11 de setembro?). O paralelismo das duas estórias funciona muito bem, nunca se tornado verdadeiramente chato. Talvez o filme pudesse apenas ser um pouco mais curto, sem o melodrama meio forçado do relacionamento de Julie com seu marido Eric (Chris Messina).

Reconheço que quebrei a cara com meu preconceito em relação à Meryl Streep e Nora Ephron mas isso não quer dizer que vou passar a ver todos os filmes das duas.

Nota: 8 de 10

2 comentários:

  1. Cara, o seu texto é muito ruim... Descobri o seu site hoje e não consegui ler mais do que cinco linhas de cada crítica... Opiniões sem fundamento, prolixo demais e desinformado. Só METIDO mesmo, porque crítico, vocês está longe de ser. Me desculpe a franqueza, mas este blog é uma merda. Que idade você tem? 11?

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  2. Opiniões sem fundamento, prolixo demais e desinformado? Ok, se você acha isso, bacana. Sobre a idade, não creio que garotos de 11 anos consigam ser "prolixos demais" (se é que o adjetivo "prolixo" pode ser usado junto com "demais"). Ao contrário. No mundo em que 140 caracteres é a regra, as crianças não sabem mais ser "prolixas demais". Isso pode ser bom ou ruim, ainda não sei.

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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."