domingo, 31 de janeiro de 2010
Crítica de filme: Alvin and the Chipmunks: The Squeakquel (Alvin e os Esquilos 2)
Era óbvio que, com o sucesso do primeiro Alvin e os Esquilos, filme com atores reais e esquilos digitais baseado em desenho animado americano famoso por lá, a Fox não poderia resistir à tentação de fazer uma continuação. Eu, particularmente, tentei evitar assistir o filme pois já havia visto e detestado o primeiro. No entanto, às vezes (muito raramente, na verdade) ter filhos significa autoflagerlar-se e lá fui ver os esquilos no cinema novamente.
O que me chateia com esses filmes infantis é a necessidade que alguns estúdios têm de torná-los idiotas. E olha que isso é completamente desnecessário, bastando ver Up - Altas Aventuras, que, junto com Inglorious Basterds, foi o melhor filme de 2009 para mim. Filmes infantis podem e devem ser inteligentes, desafiantes e não rasos e entendiantes.
Para manter os custos lá no chão, a Fox tratou de se livrar da única coisa boa do filme anterior: o ator Jason Lee (da excelente série My Name is Earl). Sua participação, na continuação, se resume a 2 minutos no início e mais 2 ao fim.
Vamos ao fiapo de estória. Querendo que os esquilos tenham uma vida normal, Dave (Jason Lee) os manda para a escola (de seres humanos!). Lá, Alvin e seus dois irmãos dão de cara com as "Esquiletes", três esquilos fêmeas que são, cada uma, a versão feminina dos esquilos. Só isso já torna a estória - muito batida - completamente imbecil. Evidentemente que o vilão do outro filme, o produtor Ian (David Cross) dá um jeito de voltar e de explorar as "esquiletes" cabendo a Alvin, Theodore e Simon irem ao resgate.
Acontece que o filme é formuláico e, apesar de só ter 88 minutos, parece que tem 3 horas de tão chato. E, para dar um "ar de filme inteligente", os roteiristas jogaram várias frases de filmes adultos na boca dos esquilos. E que frases são essas vocês perguntarão? Bom, nada mais, nada menos, do que citações de Apocalypse Now, Taxi Driver e outros filmes desse tipo da década de 70. Ora, mostrar erudição fazendo citações dessa natureza é o cúmulo do esforço zero para fazer um filme inteligente. Os roteiristas devem ter se achado o máximo quando inseriram no roteiro frases clássicas de filmes clássicos. Se tivessem usado um décimo desse esforço para tratar a trama de uma forma um pouquinho menos rasteira, teriam feito um filme passável.
E o pior é que, apesar da (falta de) qualidade, a continuação também foi um sucesso...
Nota: 3 de 10
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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."