Sem dúvida pode-se dizer que a produção japonesa de animação é uma das mais prolíficas e originais da atualidade. Filmes como A Viagem de Chihiro (Spirited Away), Howl's Moving Castle, ambos do mestre Hayao Miyazaki são verdadeiras e magníficas demonstrações disso. Tokyo Godfathers é outra obra de destaque, essa de Satoshi Kon. Há muitas outras mas pararei por aqui pois é sobre a mais recente obra de Kon que quero falar: Paprika.
A premissa da estória é interessante: uma máquina experimental que permite a monitoração e manipulação de sonhos - chamada de D.C. Mini - é roubada de um laboratório e os cientistas correm atrás do prejuízo para evitar que o mundo dos sonhos acabe destruindo o mundo real. Uma das cientistas é a séria e reservada Chiba Atsuko que, no mundo dos sonhos, torna-se a alegre e expansiva Paprika, uma espécie de super-heroína desse território de Morfeu. Outro cientista, o mais brilhante do mundo e inventor da D.C. Mini, é um obeso mórbido que costuma ficar entalado em elevadores. O terceiro é um senhor baixinho com ar de Yoda.
No entanto, essa premissa interessante descamba para uma espécie de desculpa para colocar as mais malucas imagens na tela. Até faz sentido em se tratando de sonhos mas esse artifício é usado várias vezes, tornando o filme uma verdadeira competição de quem cria o personagem ou poder ou imagem ou seja-lá-o-que-for mais estranho possível.
A trama acaba sendo completamente esquecida nesse emaranhado de sonhos e o desenho se perde completamente. Faltou tempero.
Nota: 4 de 10
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."