quarta-feira, 29 de junho de 2011
Crítica de filme: Transformers: Dark of the Moon (Transformers: O Lado Oculto da Lua)
Como começar?
Bem, vou me plagiar e dizer que, assim como em Velozes e Furiosos 5, se você viu Transformers 1 e 2 (ou mesmo conhece minimamente o tipo de filme que Michael Bay faz) e procura no 3 um filme inteligente, coerente e longe da fórmula hollywoodiana, então, desculpe-me, você é muito burro e não deveria estar lendo essa crítica. Por outro lado, se você se divertiu com o primeiro Transformers e aturou o segundo, assim como eu, então tenha certeza que o terceiro filme dos robôs gigantes é um prato feito, diversão garantida.
Michael Bay trouxe os brinquedos da Hasbro à vida em 2007, com um filme raso de trama, triste em atuações mas extremamente divertido em destruição total e, bem, mais destruição total. Em 2009, com o sucesso do primeiro filme, Bay fez o que sabe fazer melhor: mais destruições e mais explosões na segunda parte. É difícil verdadeiramente gostar do segundo filme - a não ser que você seja uma criança de não mais do que 10 anos - tendo em vista as atrocidades do paupérrimo roteiro, a confusão e exagero das batalhas e diversos outros problemas insanáveis (como aqueles dois robozinhos insuportáveis e a infame cena dos testículos do Devastador). Se não fosse pelo eye candy que é Megan Fox, minha nota 5 para a segunda parte não teria passado de 3. Mas, claro, o filme fez um caminhão de dinheiro e a parte 3 era inevitável e, uma vez anunciada, eu soube imediatamente que seria melhor que a parte 2. Afinal, Bay, apesar de tratar os espectadores como totais idiotas, disso ele não tem nada.
Assim, temos Dark of the Moon, filme que tenta amarrar a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética à descoberta de uma nave alienígena na Lua. O começo do filme, que recria a chegada da Apollo 11 na Lua e a missão super-secreta que é a verdadeira razão para sua existência, é muito bacana e bem pensada mas a solidez apresentada nos 20 minutos iniciais desmorona completamente a partir dali. Somos reapresentados a Sam Witwicky (o sem graça Shia LaBeouf) que, apesar de ter se formado em uma das melhores faculdades dos Estados Unidos, ter salvo o mundo duas vezes, ganhando uma medalha de Obama e de conseguir uma segunda namorada de fazer cair o queixo, continua um bobalhão perdedor que não consegue nada na vida. É inexplicável assim como todo o resto da trama.
A chegada de seus pais e a interação deles com Sam é de trincar os dentes de ruim. O mesmo vale para alguns outros personagens que não acrescentam nada à trama e que foram extremamente mal escolhidos, como Jerry Wong, vivido pelo completamente deslocado Ken Jeong (de Hangover e Hangover II) e Bruce Brazos, vivido de maneira triste pelo outrora excelente John Malkovich. Se Bay tivesse cortado as desnecessárias interações humanas do filme - todas grosseiras, mal escaladas e mal ajambradas - poderia ter extirpado meia hora fácil desse longo filme (157 minutos).
A modelo britânica da Victoria's Secret, Rosie Huntington-Whiteley, vivendo Carly, a nova namorada gostosona de Sam, faz as atuações de Megan Fox dos dois primeiros filmes parecerem material para Oscar. Rosie é só pose, beiços e um corpo raquítico, além de cabelos esvoaçantes. Zero de charme e personalidade, algo que Fox tinha de sobra. Mas eu divago.
Voltando à trama, quando Optimus Prime descobre sobre a missão secreta na Lua, ele parte para lá e consegue reativar Sentinel Prime, que saiu de Cybertron (o planeta natal dos Transformers). Segue-se, daí, uma profusão de traições e revelações que não surpreendem nem por um segundo e são telegrafadas quase que didaticamente pelos personagens. Tudo desculpa para muita pancadaria de robôs gigantes, com direito até a uma espécie de verme de areia (aquele do livro Duna) metálico controlado por Sockwave, um dos robôs mais bacanas criados por Bay. Um velho inimigo dos Autobots também volta - obviamente! - mas ele é mostrado como uma espécie de nômade do deserto (até com cobertura de pano para a cabeça) e se transformando em um carro que mais parece egresso do universo de Mad Max. É idiota mas é bacana...
O espetáculo destruidor é real e genuinamente impressionante. Acho que a hora final do filme é totalmente dedicada à aniquilação total - e completamente desnecessária - de Chicago, com alguns humanos heróis inúteis (mesmo!) no meio que, milagrosamente, saem apenas chamuscados. É a mágica de Bay funcionando a todo o vapor e, pela primeira vez, fica fácil identificar os Autobots e os Decepticons.
Em suma, Transformers 3 é diversão garantida que deixa qualquer um exausto de tanta quebradeira e pancadaria. É o equivalente cinematográfico a lutar boxe. O 3D é bem satisfatório, ainda que eu tivesse preferido ver em 2D pois não aguento mais os óculos de plástico e a tela escura. Megan Fox fez falta mas Bay tentou compensar com algum semblante de roteiro e uma direção mais esperta. É muito melhor que o segundo mas definitivamente não é melhor que o primeiro filme.
Mais sobre o filme: IMDB, Rotten Tomatoes, Box Office Mojo e Filmow.
Nota: 5,5 de 10
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Vou deixar para a próxima vida, obrigado ;)
ResponderExcluirhttp://cinelupinha.blogspot.com/
Hahaha, rachei com essa crítica!
ResponderExcluir"se você viu Transformers 1 e 2 (ou mesmo conhece minimamente o tipo de filme que Michael Bay faz) e procura no 3 um filme inteligente, coerente e longe da fórmula hollywoodiana, então, desculpe-me, você é muito burro e não deveria estar lendo essa crítica."
na minha opinião falar que transformers 3 ficou melhor que o 2, ou que corrigiu os erros do 2 é a maior babaquice (pra n falar coisa pior) que eu ja ouvi!!!!!!!!!!!!!!!
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