sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Crítica de filme: Despicable Me (Meu Malvado Favorito)



Meu Malvado Favorito foi uma surpresa total para mim. O filme tinha cara de ser um daqueles cujos momentos interessantes e engraçados são todos mostrados nos trailers e, por isso, esperava algo ruim como Tá Chovendo Hamburguer, ou seja, um desenho unicamente para crianças bem pequenas, sem nada que o valorizasse acima do básico rasteiro.
Mas minha surpresa não se deu exatamente porque o filme tem tons adultos e uma lição de moral bem pensada e elaborada como os filmes da Pixar. Ao contrário: Meu Malvado Favorito não tem absolutamente nada disso. É humor simples o tempo todo, realmente feito para crianças mas que me deixou boquiaberto com seu grau de excelência naquilo a que se pretende.

Para começar, nunca vi minhas filhas rirem tanto com um desenho. Acho que o mais próximo foi quando, recentemente, elas assistiram Meu Vizinho Totoro em vídeo comigo. Só isso já tem a capacidade de transformar Meu Malvado Favorito em um filme acima da média. A gargalhada genuína de crianças têm um poder incrível, como muito bem sabem Mike e Sully, de Monstros S.A. Apenas como comparativo, em Tá Chovendo Hamburguer minhas filhas nem sorriram, tamanha é a idiotice daquele filme. 

E, realmente, o filme é engraçado de verdade. As situações são absurdas mas os roteiristas conseguiram imprimir um excelente tom, ajudados pelos animadores, que optaram por personagens e cenários caricatos ao extremo (Gru é uma espécie de "Corcunda de Notre Dame", seu carro é foguete prateado e sua casa, em pleno bairro comum residencial, é uma mansão do tipo mal-assombrada).

O filme é simples. Gru é um dos maiores vilões do mundo mas que se sente ameaçado quando descobre que um concorrente - Vetor - roubou uma das pirâmides do Egito. Ele, então, parte para fazer a maior das vilanias: roubar a lua. Mas, antes, claro, ele tem que roubar um raio encolhedor mas Vetor consegue tomá-lo de Gru. Assim, o nosso "malvado favorito" bola um plano, utilizando três adoráveis garotinhas, para pegar de volta a arma de Vetor, que mora em uma fortaleza inexpugnável. 

O humor vem de situações básicas como com os ajudantes de Gru, milhares de monstrinhos amarelos (ou algo do gênero) vestidos com macacões azuis e portando óculos de soldagem, saindo na pancadaria uns com os outros; o medo que Gru tem de seu próprio "bichinho de estimação" e as diversas situações impagáveis entre Gru e as três meninas que ele adota somente para invadir o quartel general de Vetor. Aliás, Vetor é hilário, um arquétipo do nerd total, com direito até a roupa de ginástica laranja. Ajudam, também, o ancião que é uma espécie de mentor para Gru e os breves momentos de Gru com sua mãe em flashbacks, para justificar toda sua "malvadeza". 

A animação de Gru não é nada demais, ou seja, dentro dos padrões que se deve esperar de um filme de animação em computação gráfica. Não tem o alto padrão da Pixar (bom, ninguém tem esse padrão, na verdade) mas também não atrapalha e funciona o suficiente para contar a estória. Se os adultos que assistirem esse filme estiverem esperando um filme para crianças apenas, é isso que encontrarão mas, diferentemente de outros nessa linha, esse diverte também os marmanjos pela bobeira e nonsense. Ganham os filhos e os pais.

Nota: 7,5 de 10

3 comentários:

  1. Só gostaria de registrar que o filme tem sim tons adultos. Faço administração e acabamos trabalhando com este filme com todos os maiores teóricos da Administração, pois o filme traz várias elementos das empresas, principalmente as do começo do século 20. Por isso recomendo também as pessoas que se interessarem em assistir com olhos voltados a filosofia do filme, além se deliciar com as variadas cenas em que todos irão dar muitas gargalhadas.

    ResponderExcluir
  2. já assiti 3 vezes, é um filme simples gostoso de ser visto.

    ResponderExcluir

Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."