segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Club du Film - Ano IV - Semana 22: The Adventures of Robin Hood (As Aventuras de Robin Hood)



Há pouco mais de três anos e meio, no dia 28 de dezembro de 2005, eu e alguns amigos decidimos assistir, semanalmente, grandes clássicos do cinema mundial. Esse encontro ficou jocosamente conhecido como Club du Film. Como guia, buscamos o livro The Great Movies do famoso crítico de cinema norte-americano Roger Ebert, editado em 2003. Começamos com Raging Bull e acabamos de assistir a todos os filmes listados no livro (uns 117 no total) no dia 18.12.2008. Em 29.12.2008, iniciamos a lista contida no livro The Great Movies II do mesmo autor, editado em 2006. São, novamente, mais de 100 filmes. Dessa vez, porém, tentarei fazer um post para cada filme que assistirmos, com meus comentários e notas de cada membro do grupo (com pseudônimos, claro).

Filme: The Adventures of Robin Hood (As Aventuras de Robin Hood)

Diretores: Michael Curtiz e William Keighley

Ano de lançamento: 1938

Data em que assistimos: 13.08.2009
Crítica: Não pode haver nada mais "sessão da tarde" do que esse filme com Errol Flynn vivendo Robin Hood, o ladrão que tirava dos ricos e dava para os pobres. O filme tem zero de sangue, zero de violência, zero de linguagem de baixo calão, zero de personagens dúbios. Ao contrário, Robin Hood tem muita exuberância, cores luxuriantes, tiradas infames e lutas extremamente coreografadas.

É um divertimento, uma bobeira só que vale relembrar. A estória todo mundo conhece. Durante a ausência do Rei Ricardo Coração de Leão (Ian Hunter), seu irmão, o Príncipe John (Claude Rains) aproveita para fazer a festa na Inglaterra, ajudado pelo Xerife de Nottingham (Melville Cooper) e por Sir Guy of Gisbourne. Esse último, o derradeiro bandido, quer casar com a mocinha Maid Marian (Olivia de Havilland) e colocar o príncipe John no trono da Inglaterra. Mal sabe Sir Guy o calo que Robin Hood será, ao arregimentar seu bando de Homens Alegres (os Merry Men - naquela época, Homens Alegres não tinha outro significado que não o "literal") para acabar com a festa malvada dos bandidos.

Tudo é preto e branco. Os "bonzinhos" são extremamente "bonzinhos" e os "malvados" são extremamente "malvados". É até engraçado ver as caretas de Claude Rains como o príncipe John e as risadas ridículas de desdém de Errol Flynn como Robin Hood. Mais rídiculas ainda são as roupas que Robin Hood e seus amigos usam. Ele usa meia-calça verde mais verde que a floresta. Seu sidekick Will Scarlett (Patrick Knowles), como o nome diz, só usa roupas escarlates, com um enorme penacho também escarlate no chapéu. Isso, claro, em uma pessoa que precisa se esconder em uma floresta...

Os bandidos só usam preto ou tons de cinza e invariavelmente tem barba e/ou bigode. Todos atiram flechas e lutam espada como se só tivessem dedões. Já os mocinhos, especialmente Robin, são de uma habilidade ímpar.

O filme poderia ser facilmente um desenho animado da Disney (e a Disney efetivamente tem o ótimo Robin Hood com uma raposa no papel do ladrão), especialmente por causa do uso exacerbado do Technicolor. Tudo tem mais cores do que o normal em Robin Hood.

Uma bobagem só, mas, definitivamente, uma bobagem muito agradável, especialmente assistindo com amigos e sacaneando cada coisa ridícula que aparece na tela...

Notas:
Minha: 7 de 10
Barada: 6,5 de 10
Nikto: 6,5 de 10

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