A frase do título povoa minha cabeça há anos, desde que escutei pela primeira vez a música Civil War do Guns 'n Roses. Depois da música, eu a ouvi algumas outras vezes em outras situações mas nunca soube de onde era. Descobri há pouco tempo, quando assisti Cool Hand Luke, um clássico de 1967, estrelando Paul Newman, falecido este ano.
A estória é bem simples e o título em português, bem básico, é bastante descritivo do personagem título: Rebeldia Indomável. Paul Newman faz Luke um rebelde sem causa que acaba na prisão fazendo trabalhos forçados, por cortar parquímetros só de onda. Na prisão, tendo em vista seu carisma e atitude, ele logo se torna um ícone e todos os demais prisioneiros passam a "viver através dele". Seus colegas o admiram e querem ser Luke, com seu espírito inconformista e agitado.
Luke tenta fugir algumas vezes e, a cada fuga, a prisão fica mais dura para ele, com penas mais severas. Seu espírito quer se livrar do cárcere mas seus companheiros quase que o querem lá, sempre rebelde, para poderem beber da vivacidade de Luke. É muito interessante a relação dos prisioneiros com Luke e de Luke com os prisioneiros. Não há explicação para os atos de Luke a não ser que eles fazem parte de sua personalidade. Luke é assim e nada pode mudá-lo. Luke inspira as massas.
Apesar de não ser um filme complexo ou religioso, ele toma uns contornos muito interessantes, que culmina em um paralelo muito forte entre Luke e Jesus Cristo, inclusive graficamente na famosa cena em que Luke come 50 ovos cozidos (só vendo para entender). Fica claro desde o início que o destino de Luke é um só, sem dúvida semelhante ao de Cristo. Não sei bem o que o diretor e o roteirista quiseram fazer ao criar esse paralelo mas sei que o filme ficou interessante e, definitivamente, sedimentou a carreira estelar de Paul Newman.
Nota: 8 de 10
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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."