terça-feira, 30 de dezembro de 2008

E os remakes não páram

Um pouco mais abaixo eu falei de um remake de Yojimbo: Sukiyaki Western Django. Era um remake com alguma justificativa, com alguma originalidade, com alguma coisa que justificasse sua existência.

Definitivamente não é o caso do remake de The Hitcher (A Morte Pede Carona), um clássico de 1986, estrelando Rutger Hauer e C. Thomas Howell. 

Com o mesmo título, o filme de 2007 é um lixão, que não paga o celulóide em que foi filmado. É quase a mesma estória, cena a cena, sem nenhum originalidade qualquer. Humm, não, mentira. Tem algo MUUUUITO original: o brilhante do roteirista colocou o cara para ser cortado em dois na cena do caminhão e não a garota. Palmas para ele! O cara merece! Ele realmente deve ter se achado o máximo quando, na sala de reunião em que fez o pitch do roteiro, explicou essa mudança radical. Mais maneiro ainda devem ter sido as caras dos produtores (Michael Bay entre eles) ao notarem que essa idéia era uma mina de ouro de tão sensacional... Gênios!

Trocaram Hauer por Sean Bean, o Boromir de The Lord of the Rings, e colocaram mais explosões aqui e ali (além da sensacional mudança acima explicada) e voilà, mais um filme na lata.

Teria sido melhor se eles tivessem feito The Hitcher 2, com um Rutger Hauer geriátrico, matando velhinhos após pedir caronas naquelas scooters elétricas... 

Esse pessoal de Hollywood podia combinar de pensar um pouco antes de fazer mais remakes mas sei que isso é pedir demais já que em breve teremos Sexta Feira 13, Nightmare on Elm Street e várias outras pérolas completamente refeitas, re-empacotadas e re-vendidas como obras novas e sensacionais.

Ah, e tem mais: eu sei que o poster que coloquei acima é o do filme original. É que me recuso a prestigiar essa porcaria nova que fizeram...

Nota: 0,5 de 10

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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."