sábado, 31 de julho de 2010

Crítica de TV: Mad Men - 2ª Temporada


A primeira temporada de Mad Men é sensacional. Meus comentários, aqui, falam por si só. 

Assim, fiquei até com receio de assistir a segunda temporada pois havia grandes chances de me desapontar. Segundas temporadas de séries que estouram na primeira são, normalmente, infladas, complicadas e bagunçadas. Os roteiristas e produtores ficam mais "corajosos" e acabam metendo os pés pelas mãos.

Mas meu receio se dissipou completamente já no primeiro episódio da segunda temporada dessa incrível série. Os roteiristas pulam um pouco no tempo (bem pouco) e não focam exatamente nos acontecimentos do último capítulo da primeira temporada. Ao contrário, eles até parecem esquecer o que ocorreu. E ênfase deve ser dada no "parecem" pois eles trabalham a situação (não conto o que ocorreu em respeito a que não viu ainda) de maneira bem delicada, ao longo dos 13 episódios da temporada.

Além disso, ainda que a série seja focada na vida de Don Draper (Jon Hamm - mais sobre ele ao final), os roteiristas e diretores fazem mágica ao também darem importância aos personagens coadjuvantes. Assim, temos  a tentativa de ter filhos de Pete Campbell (Vincent Kartheiser), o noivado da voluptuosa Joan Holloway (Christina Hendricks), a vida "bem" privada de Salvatore Romano (Bryan Batt) e o namoro interracial de Paul Kinsey (Michael Gladis). São todos excelentes atores e as estórias se desdobram de maneira orgânica, sem desviar atenção do foco de Mad Men. E tudo isso emoldurado pelos acontecimentos do ano de 1962, que são integrados eficientemente à trama.

Claro que os dois super coadjuvantes, Roger Sterling (John Slattery) e Peggy Olson (Elisabeth Moss) também ganham enormes destaques, juntamente com um personagem novo, Duck Philips (Mark Moses). Não sei bem como a produção fez a mágica de contar tanto em tão pouco tempo mas só sei que o resultado é brilhante. 

John Hamm é um caso à parte, mesmo diante da excelência de seus colegas. Seu personagem, o misterioso publicitário Don Draper, exige comedimento e frieza na atuação. Ele é um galinha incurável mas, ao mesmo tempo, dá importância à família. Ele é ético com os clientes mas faz o que tem que fazer para manter a agência Sterling Cooper funcionando perfeitamente. Tudo isso não funcionaria em um ator diferente de John Hamm. Ele atua sempre com cabelo lambuzado de brilhantina e vestido em elegantes ternos, o que retira sua personalidade mas, mesmo assim, ele tirar de letra o papel. As nuances de sua atuação, juntamente com sua química com January Jones (Betty Draper) são os alicerces dessa impressionante série.

Só para fechar, em atenção a quem não sabe o que é Mad Men: a série conta a estória de uma agência de publicidade (Sterling Cooper) nos idos dos anos 60, focando, principalmente, na vida do diretor de criação Don Draper e de Peggy Olson, uma mulher em começo de carreira. 

Já engatei direto na terceira temporada e tenho certeza que também me surpreenderei.

Nota: 10 de 10

3 comentários:

  1. Já assisti os dois primeiros da terceira temporada e posso dizer que o primeiro episódio foi quentíssimo em todos os sentidos...

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  2. "Mad Men" só não foi a melhor série que comecei a assistir no ano passado por causa de "Damages", mas ainda assim ela é sublime, um verdadeiro clássico moderno, até então eu nunca tinha visto em uma produção para TV uma reconstrução de época tão perfeita.

    Confiram as minhas críticas:
    Mad Men:
    http://sublimeirrealidade.blogspot.com/2012/02/mad-men-serie.html

    Damages:
    http://sublimeirrealidade.blogspot.com/2011/08/damages.html

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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."