domingo, 18 de julho de 2010

Crítica de filme: Knight and Day (Encontro Explosivo)

Encontro Explosivo, filme que junta Tom Cruise e Cameron Diaz, o primeiro no papel de Roy Miller, um agente da C.I.A. aparentemente agindo de forma independente e a segunda no papel de June Havens, uma mulher que se mete inadvertidamente com Roy, é, de certa maneira, a antítese exata do outro filme de ação que acabei de ver e comentar, o Esquadrão Classe A. Sim, são dois filmes em tese diferentes mas, em última análise, os dois são filmes de pancadaria desenfreada, com tons de comédia.

O filme conta a estória de Roy Miller, um espião da CIA que foge de seus companheiros com uma carga preciosa. Em meio à sua fuga, ele esbarra - literalmente - em June Havens, que está a caminho do casamento de sua irmã mais nova. June logo se derrete por Roy e Roy, claro, vê oportunidade nisso e acaba envolvendo-a na trama, que nos leva dos EUA para a Áustria e, depois, para a Espanha.

Os problemas de Encontro Explosivo são muitos. Para começar a dupla de protagonistas. Tom Cruise erra feio ao dar um tom exagerado de comédia para seu personagem. Suas piadas são sem graça e a forma como ele as fala também parece forçada. Cameron Diaz, apesar de estar mais acostumada com comédia (afinal, começou sua carreira em The Mask e fez o excelente Quem Vai Ficar Com Mary?) não consegue acertar uma. A química entre os dois também não funcionou.

A ação também é outro ponto fraco do filme. São cenas do tipo "já vi isso antes umas 20 vezes", feitas com descuido (reparem como é mal feita a cena de perseguição no meio da corrida de de Touros em Sevilha) e de maneira simplória, sem tentar nada diferente. O filme, ao contrário de Esquadrão Classe A e apesar de não parar momento algum, não consegue empolgar.

A culpa é claramente do roteiro, que não se esforça para fazer nada diferente. Há um exceção, porém. Em determinada cena de ação, Roy, desesperado com inaptidão bélica de June, droga-a para salvar a vida dos dois. Vemos em extremo close-up, então, June de tempos em tempos abrindo os olhos e notamos que ela está em local diferente, com alguma coisa acontecendo ao redor. A cena é muito boa e dá esperança de alguma originalidade dali para a frente. No entanto, o diretor James Mangold e o roteirista Patrick O'Neill usam exatamente o mesmo artifício outras duas vezes, matando, em um mesmo filme, o frescor da idéia e mostrando o quão o roteiro é preguiçoso.

Ok, há muitos cenários bonitos e tiroteios até razoavelmente bacanas (como o primeiro na auto-estrada com June ao volante) mas nada de chame muita atenção do espectador. É o tipo de filme que, apesar de não ser muito longo (109 minutos) você fica olhando para o relógio o tempo todo ou com vontade de pedir ao projetista para  avançar o rolo. É uma pena pois dá para ver, lá no fundo, uma estória do tipo filme antigo de espionagem, que até poderia ser boa. Mas a incompetência de todos os envolvidos afunda o filme vertiginosamente.

Nota: 5 de 10

4 comentários:

  1. críticas absurdas, o filme é ótimo. O filme "os mercenários" é péssimo e ganhou nota 7, total falta de critério, se eu me deixasse levar por estas críticas jamais veria um filme bom

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  2. Espero fortemente que você não deixe de ver um filme por causa de críticas. Afinal de contas, críticas são pessoais, refletem o que o crítico acha, por mais objetivo que ele possa ser (não é meu caso pois críticas unicamente objetivas, para mim, são muito chatas). Veja seu próprio exemplo, você achou esse filme "ótimo" e Os Mercenários "péssimo". Sua opinião e eu respeito, apesar de você não ter nem tentado explicar o porquê.

    Em resumo, sugiro que você aprenda o propósito de uma crítica e não fique chamando todas as que você não concorda de "absurdas" pois isso sim é um absurdo.

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  3. Ritter, achei que você pegou um pouco pesado nessa crítica, mesmo sendo pessoal assim. Primeiro a dupla tira muitas risadas que é o propósito. O filme está mais pra uma comédia romântica do que um filme de ação e nesse caso creio que os tiros e explosões são somente "caprichos" para o divertimento. Adoro suas críticas, mas esse filme merecia uma nota maior. Um abraço.

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  4. Juan, obrigado por seu comentário.

    Eu acho que teremos que concordar em discordar. Talvez o filme não tenha "clicado" para mim como clicou para você e, aparentemente, para o Anônimo acima. De toda forma, entendo seus pontos e eles têm mérito. Achei o filme, porém, muito genérico e derivativo para dar nota maior do que 5.

    Abraço!

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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."