segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Crítica de filme: Attack the Block (Ataque ao Prédio - Festival do Rio 2011 - Parte 4)

Outro filme de Halloween para comemorar o dia. Attack the Block é um pequeno filme britânico de 2010 que andou fazendo sucesso em circuitos de festivais de cinema.

Imaginem um daqueles filmes de monstros da década de 80 mas não aqueles com grandes orçamentos e sim os com monstros mal feitos, até mesmo ridículos como Critters ou Tremors, mas com estórias bem contadas e cativantes. Bem, Attack the Block é exatamente isso: uma volta aos anos 80 de baixo orçamento. O "baixo orçamento" é importante pois quero deixar bem clara a diferença entre Attack the Block e Super 8, o outro filme nostálgico dos anos 80.


O diretor e roteirista Joe Cornish, porém, consegue talvez ir mais além até do que os filmes de monstro baratos da década de 80. Isso porque os heróis que ele nos apresenta são, todos eles, marginais e não os típicos heróis clássicos. E isso já fica estabelecido no começo pois vemos uma moça (Sam, vivida por Jodie Whittaker) saindo do metrô no sul de Londres, a caminho de um conjunto habitacional humilde nessa região pouco favorecida da cidade. Não demora muito e ela passa a ser seguida por uma gangue adolescente da região, que acaba assaltando-a de maneira até bem violenta. Em outras palavras, Joe Cornish já inicia o filme criando antipatia pelos personagens que passariam a ser, em poucos minutos, os personagens principais e a última esperança para o tal conjunto habitacional. Isso, no mínimo, demonstra coragem por parte de Cornish. O uso de bicicletas por parte da gangue ainda homenageia ao mesmo tempo que parodia o grande filme de extra-terrestres da década de 80, o E.T. de Spielberg. Estava vendo a hora que elas iam alçar vôo...

Sem perder tempo, Cornish complementa a cena do assalto com uma cena em que uma espécie de meteoro cai em cima de um carro. Os assaltantes verificam o que é e dão de cara com um ser muito estranho que foge desesperadamente. O líder da gangue, Moses (John Boyega, muito bem no papel), não quer deixa a coisa como está e parte atrás do bicho e, depois de alguma pancadaria, ele o mata e a gangue sai feliz da vida arrastando o monstrinho até o traficante de drogas do prédio onde moram para ver se "descolam uns trocados" com o que acharam. A partir daí, notamos que o prédio - território de Moses - está sob ataque extra-terrestre e a gangue parte para resolver o problema.

O filme é, basicamente, a gangue matando aliens e aliens matando todos ao redor. Os bicharocos são como lobos negros enormes que somente são identificáveis pelas mandíbulas que brilham no escuro (uma sacada genial, aliás). Mas tudo é muito bem feito, considerando o parco orçamento do filme (13 milhões de dólares segundo o BOM). E a estória, apesar de linear, é bem contada e bem amarrada e isso é muito mais do que podemos dizer da maioria dos grandes filmes de estúdio lançados em 2011 (Lanterna Verde, estou falando com você!).

Esperem muito sangue (humano ou não), muita violência e heróis que são difíceis de se simpatizar. Mas esperem também um filme que prende sua atenção do começo ao fim, que é nostálgico de sua própria maneira e que vai agradar em cheio aos fãs do gênero e mesmo aqueles que casualmente gostam de filmes de monstro. E sim, você vai acabar torcendo pela gangue ao final.

Com apenas 88 minutos, Attack the Block, que ainda conta com Nick Frost como Ron e Edgar Wright na produção, é diversão pura na medida exata. Imperdível.

Mais sobre o filme: IMDB, Rotten Tomatoes, Box Office Mojo e Filmow.

Nota: 8,5 de 10

3 comentários:

  1. Adorei, sci fi nonsense britanica! Edu

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  2. eu quebrei o dvd desse filme ridiculo velho da raiva dos marginalzinho....

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  3. Querem ver filme d verdad a cistem ATTACK THE BLOCk, vaz sentir.

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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."