sexta-feira, 20 de abril de 2012

Especial American Pie: American Wedding (American Pie - O Casamento)

A maior surpresa que tive assistindo novamente American Pie - O Casamento foi constatar que January Jones, a atriz que vive a esposa de Don Draper em Mad Men, faz o papel de Cadence Flaherty, irmã mais nova de Michelle Flaherty (Alyson Hannigan), que está para se casar com Jim (Jason Biggs). Tirando isso, o filme mantem a tradição da série American Pie e a encerra (pelo menos até o filme que estreia hoje) de maneira competente.


O mote, agora, como os títulos em inglês e português deixam abundantemente claro, é o casamento, que funciona como uma alegoria bastante óbvia de rito de passagem e transformação dos garotos inconsequentes que vimos nos outros dois filmes nos homens que eles prometem ser. Nem todo o elenco voltou, no entanto. A ausência mais notável é a de Chris Klein, que fazia Oz, um dos quatros amigos principais. No entanto, seu personagem só foi realmente relevante no primeiro filme, perdendo completamente a importância no segundo. Assim, sua falta não é verdadeiramente sentida na terceira parte. Na verdade, até mesmo o personagem de Thomas Ian Nicholas, Kevin, fica sem função no terceiro filme já que todo o foco é deslocado para Jim, Stifler (Seann William Scott) e Finch (Eddie Kaye Thomas).

Aliás, Stifler e Finch protagonizam uma divertida batalha pela atenção de Cadence, chegando a trocar de personalidades para alcançar o objetivo de levá-la para a cama. Stifler se transforma em um gentleman enquanto Finch incorpora a natureza desbocada e inconveniente de seu amigo. É garantia de ótimas gargalhadas, especialmente nos momentos dedicados a Stifler, que são muitos e constantes.

Assim como nos demais filmes, esperem a quantidade usual de piadas sujas, grosseiras e escatológicas. Isso não muda. Talvez só se agrave já que America Pie - O Casamento, tem a segunda mais nojenta piada escatológica do cinema, só perdendo para o horror total - no bom sentido, se é que isso existe - em Pagando Bem Que Mal Tem?. Mas devo confessar que, se você aguenta essas coisas, o momento chega a dar câimbras estomacais pelas risadas e pelo nojo...

O pai de Jim (Eugene Levy), como de costume, protagoniza momentos de "explicação das coisas da vida" tanto com Jim como com Michelle, além de flagrar, inadvertidamente, os mais embaraçosos momentos. E o que se pode falar da rabugenta avó de Jim (Angela Paton) e seu encontro com Stifler e a performance de Stifler no bar gay? É ver para crer e para se divertir.

Mas o filme nem sempre funciona. A longa cena da despedida de solteiro só funciona para quem quiser ver peitos siliconados. De resto, ela quebra completamente o ritmo frenético do filme e, depois, a coisa demora a engrenar novamente.

Obviamente, American Pie - O Casamento, não consegue surpreender positivamente como o primeiro filme mas, mesmo assim, nos brinda com piadas e roteiro melhores que American Pìe 2.

Mais sobre o filme: IMDB, Rotten Tomatoes, Box Office Mojo e Filmow.

Nota: 7 de 10

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