Especial American Pie: American Reunion (American Pie - O Reencontro)

Tem muito crítico reclamando de American Pie - O Reencontro por não ser nada mais que uma reedição dos demais filmes. Particularmente, apesar desse tipo de critica estar correto, tenho para mim que o quarto filme (para o cinema) da engraçada e escrachada série iniciada com enorme sucesso em 1999 tinha exatamente esse  objetivo: ser ao mesmo tempo uma continuação e uma homenagem aos primeiros filmes, especialmente o primeiro. Assim, para quem já viu os outros filmes, não esperem, no quarto episódio, muita originalidade e surpresas mas esperem sim 113 minutos muito divertidos e saudosos.


Os amigos Jim (Jason Biggs), Kevin (Thomas Ian Nicholas), Oz (Chris Klein) e Finch (Eddie Kaye Thomas) e mais o ainda desbocado e inconveniente Stifler (Seann William Scott) estão de volta à Michigan e à sua escola para uma reunião da turma de 1999. Junto com Jim vem sua esposa Michelle (Alyson Hannigan) e o filho deles de dois anos. Jim e Michelle estão com problemas sexuais no casamento e isso funciona como gancho para boas situações com adolescentes e, claro, com o pai de Jim, Noah (Eugene Levy). Oz fez sucesso em carreira na televisão e, agora, é famoso e namora uma bela modelo. Mas será que ele conseguiu se esquecer de Heather (Mena Suvari), seu primeiro amor? O mesmo vale para Kevin. Será que ele, hoje casado e feliz, realmente conseguiu se esquecer de Vicky (Tara Reid)? Finch, por sua vez, passou esses anos todos viajando pelo mundo como um nômade (ou será que não?). Stifler continua exatamente igual, o único personagem que não cresceu na turma, apesar dos acontecimentos de American Pie - O Casamento.

Esperem rever não só os atores acima como absolutamente todos os demais que participaram do primeiro filme (sim, Sherminator está lá!). A única ausência, pelas minhas contas (além da mãe de Jim, que faleceu na estória, permitindo outro gancho bom bem no final) é a do irmão de Stifler, mas ele não faz a menor falta.

Assim, o que temos é, por incrível que pareça, uma comédia competente que nos leva à risadas e, às vezes, às gargalhadas. A escatologia foi reduzida aqui mas não esquecida e Stifler, claro, protagoniza a cena ainda que, pela primeira vez, do outro lado. Piadas sujas e de sexo, cheias de palavrão, também povoam o filme do começo ao fim, com situações constrangedoras a todo o momento, a maioria delas quase que fac-símiles das versões originais mas que mesmo assim funcionam. Os roteiristas e diretores, Jon Hurwitz e Hayden Schlossberg, diferente do que aconteceu com o terrível Se Beber Não Case 2, sempre conseguem acrescentar detalhes aqui e ali para tornar as cenas refrescantes o suficiente.

O que muito me chamou a atenção nesse filme foi o fato de que, passados 13 anos do primeiro filme, os 5 atores principais não parecem ter envelhecido um ano sequer. Sim, há um trabalho bom de maquiagem provavelmente mas, mesmo assim, eu acreditaria facilmente se Jason Biggs e Chris Klein, por exemplo, estivessem atuando como adolescentes recém formados da escola. Impressionante.

E o que dizer do finalzinho? Essa é uma cena que poderia ter sido facilmente usada já em algum dos outros filmes mas sua presença em O Reecontro é a cereja no bolo. É a vingança suprema, só direi isso.

Assim como as outras continuações, o quarto filme não ultrapassa o original mas é tão bom quanto American Pie - O Casamento. Vale ser visto por quem gosta de comédias desse tipo.

Mais sobre o filme: IMDB, Rotten Tomatoes, Box Office Mojo e Filmow.

Nota: 7 de 10