Assim, recrutaram Chris Miller (diretor de Shrek Terceiro) e, claro, Antonio Banderas (a excelente voz do Gato no original) e partiram para fazer o filme. De quebra, ainda trouxeram Salma Hayek para dar a voz à Kitty Softpaws, Zack Galifiniakis para o papel de Humpty Dumpty, Billy Bob Thornton e Amy Sedaris nos papéis dos vilanescos Jack e Jill.
Mas, assim como as continuações de Shrek (só o primeiro filme presta para mim), Gato de Botas nada mais é do que a versão diluída do mesmo personagem que nos foi apresentado em Shrek 2. O grande problema do filme não é o visual. Esse, assim como tudo que a Paramount/Dreamworks faz, é excepcional, deslumbrante. No entanto, essa característica, hoje em dia, é meio que uma condição básica para qualquer desenho de computação gráfica ser, bem, um desenho de computação gráfica. Assim, nada especial nesse quesito.
O que mata Gato de Botas é o roteiro. Em primeiro lugar, aquele personagem bacana, malandro, esperto e charmoso que vemos primeiro em Shrek 2 só existe nos primeiros 15 minutos do filme. Depois disso, o Gato de Botas é transformado em um herói unidimensional, muito do chato. E a coisa fica pior com a introdução de Humpty Dumpty, um ovo que foi criado desde criança (?) com o Gato. Nesse momento, vemos um gigantesco flashback, que conta uma estória de "origem" para o Gato de Botas e justifica todo seu comportamento, corroborando ainda mais a unidimensionalidade do personagem.
Depois da interminável vida pregressa do Gato, a estória avança com o Gato, Humpty Dumpty e Kitty unindo-se para roubar as sementes de feijão mágico de Jack and Jill, plantá-los e, em seguida, sequestrarem o ganso dos ovos de ouro (da famosa fábula de João e o Pé de Feijão). Jack e Jill são, de longe, os melhores personagens de Gato de Botas. Não por serem multifacetados mas por serem diferentes e originais. Jack carrega os feijões na palma de sua mão que é, então, encerrada dentro de um cofre portátil. Além disso, a dupla de amantes pilotam uma carruagem puxada por javalis enquanto os javalis filhotes vivem dentro da carruagem. Mas Jack e Jill não são personagens bons o suficiente para compensar a versão aguada do Gato de Botas e o para lá de insuportável Humpty Dumpty.
De resto, temos uma direção burocrática de Chris Miller, muito parecida com aquele que ele apresentou em Shrek Terceiro (que consegue a façanha de ser o pior da franquia). Apesar do filme ter apenas 90 minutos, ele parece mais longo do que é e poderia ter sido cortado ou lançado como um média metragem como bônus em algum DVD da Paramount/Dreamworks.
Mais sobre o filme: IMDB, Rotten Tomatoes, Box Office Mojo e Filmow.
Nota: 5 de 10
O que mata Gato de Botas é o roteiro. Em primeiro lugar, aquele personagem bacana, malandro, esperto e charmoso que vemos primeiro em Shrek 2 só existe nos primeiros 15 minutos do filme. Depois disso, o Gato de Botas é transformado em um herói unidimensional, muito do chato. E a coisa fica pior com a introdução de Humpty Dumpty, um ovo que foi criado desde criança (?) com o Gato. Nesse momento, vemos um gigantesco flashback, que conta uma estória de "origem" para o Gato de Botas e justifica todo seu comportamento, corroborando ainda mais a unidimensionalidade do personagem.
Depois da interminável vida pregressa do Gato, a estória avança com o Gato, Humpty Dumpty e Kitty unindo-se para roubar as sementes de feijão mágico de Jack and Jill, plantá-los e, em seguida, sequestrarem o ganso dos ovos de ouro (da famosa fábula de João e o Pé de Feijão). Jack e Jill são, de longe, os melhores personagens de Gato de Botas. Não por serem multifacetados mas por serem diferentes e originais. Jack carrega os feijões na palma de sua mão que é, então, encerrada dentro de um cofre portátil. Além disso, a dupla de amantes pilotam uma carruagem puxada por javalis enquanto os javalis filhotes vivem dentro da carruagem. Mas Jack e Jill não são personagens bons o suficiente para compensar a versão aguada do Gato de Botas e o para lá de insuportável Humpty Dumpty.
De resto, temos uma direção burocrática de Chris Miller, muito parecida com aquele que ele apresentou em Shrek Terceiro (que consegue a façanha de ser o pior da franquia). Apesar do filme ter apenas 90 minutos, ele parece mais longo do que é e poderia ter sido cortado ou lançado como um média metragem como bônus em algum DVD da Paramount/Dreamworks.
Mais sobre o filme: IMDB, Rotten Tomatoes, Box Office Mojo e Filmow.
Nota: 5 de 10
Curiosidade: Jack e Jill saíram de um Nursery Rhymes.
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