terça-feira, 9 de agosto de 2011

Crítica de filme: Beneath the Planet of the Apes - 1970 (De Volta ao Planeta dos Macacos - 1970) - Parte 2

O enorme sucesso do filme original do Planeta dos Macacos deu origem a uma febre símia na década de 70. O resultado natural disso foi a encomenda, pela Fox, de uma continuação da série. Acontece que, por um desentendimento entre os produtores e Charlton Heston, a estrela do primeiro, sua participação acabou muito reduzida, somente um pouquinho no começo e no final do filme.


Os eventos do segundo filme seguem diretamente o que acontece no primeiro, com Taylor (Charlton Heston) e Nova (Linda Harrison) cavalgando por terras inóspitas, em sua fuga pelo Planeta dos Macacos. Eles estão na chamada Zona Proibida e, em alguns segundos, depois de um estranho evento sísmico, Taylor desaparece completamente. Nova, desesperada, sai cavalgando e encontra Brent (James Franciscus), outro astronauta vindo do passado e que acha que está em outro planeta, em missão de resgate de Taylor. Brent e Nova, então, vão até a cidade dos macacos, onde ele descobre o segredo do local e procuram a ajuda de Cornelius (David Watson pois Roddy McDowall - que só aparece em cenas de arquivo - estava dirigindo um filme na Escócia) e Zira (Kim Hunter) para resgatar Taylor de mutantes humanos com poderes de telecinese (sim, isso mesmo).

O primeiro filme já tinha a marca registrada de ser uma obra barata, em que a civilização símia ainda era subdesenvolvida exatamente para evitar gastos com cenários elaborados que seriam exigidos se tivessem feito uma adaptação fiel do livro de Pierre Boulle, de 1963. Acontece que, apesar do sucesso do primeiro filme, a Fox foi ainda mais avarenta no segundo e isso fica claro no desenrolar da obra, especialmente na ridícula caracterização dos tais mutantes humanos que idolatram uma bomba nuclear nos subterrâneos do Planeta dos Macacos. A estória também sofreu muito com a necessidade de se trazer um outro herói humano, nas mesmas circunstâncias de Taylor. Não é que James Franciscus esteja péssimo no papel de Brent. Longe disso. Apenas seu papel é uma repetição do papel de Taylor, fazendo com que a primeira parte do filme seja meramente uma repetição piorada do primeiro e com o agravante de não trazer ao espectador nada de novo.

Na segunda parte, com o culto subterrâneo capitaneado pelos tais mutantes, o filme piora ainda mais, perdendo completamente qualquer resquício de crítica social que ainda tinha e tornando-se um filme genérico de monstros.  Nem mesmo quando Taylor reaparece o filme melhora. Ao contrário, na verdade: Heston estava tão sem paciência que fez seu papel burocraticamente, sem nenhuma vontade de atuar de verdade. E, em cima disso tudo, temos a falta de Roddy McDowall. Apesar de Cornelius estar presente no filme, sem o ator que originalmente deu vida ao macaco, ele não passa de um personagem também genérico.

Mais sobre o filme: IMDB, Rotten Tomatoes, Box Office Mojo e Filmow.

Nota: 3 de 10

4 comentários:

  1. Po, finalmente uma crítica negativa pro beneath. Fiz igual a vc, revi a saga para me preparar para o rise e depois fui procurar críticas ao filme. Li bastante críticas positivas até achei que não tinha entendido o filme. O segundo foi sem sombra de dúvidas o que menos gostei e sua crítica diz muito o que pensei, uma primeira metade cansativa e a outra metade louca...

    Muito bom o texto, parabéns!

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  2. Hugo:

    Não consigo nem imaginar críticas positivas sobre esse filme. Ele é desconexo, chato e foge muito da estória principal. Nunca gostei desse filme mas foi um dos que mais assisti, por várias e infelizes circunstâncias...

    Obrigado pela visita e pelo elogio.

    Volte sempre!

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  3. É de longe um dos piores filmes que eu já vi na minha vida. É sem conteúdo, pequeno mas com perdas de tempo, personagens genéricos e final genérico. Era pra ter parado no primeiro filme, pois eu achei Fuga fraquinho também, mas é muito superior a De Volta que é horrível. Minha sensação ao ver esse filme foi bem ruim, eles poderiam terem feito mais coisas brilhantes nas continuações, mas a preguiça de fazer um bom trabalho era tão grande que fizeram de qualquer maneira e o resultado foi decepcionante, só que decepcionante 500000 vezes. Nem tive coragem de ver o final de Fuga ou A Batalha que nem vi, pois eu sei que vai sair mais decepção para uma franquia que poderia ser brilhante, mas esse adjetivo só é dado ao primeiro filme apenas

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    1. Final de Fuga não, mas final de Conquista, A Fuga eu vi o filme todo

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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."