
Josh é membro de uma família bem complicada. Além de sua mãe ter morrido de overdose (fica um sub-texto de que não foi nada acidental), seus tios são todos bandidos perseguidos pela polícia. A avó, Janine, é a matriarca, chefe da família, com um amor doentio, quase incestuoso, pelos fillhos, especialmente pelo completamente desequilibrado Andrew "Pope" Cody (Ben Mendelsohn). Josh é tragado para o seio desses problemas, tornando-se, por inércia, cúmplice em um assassinato perpetrado pela família em vingança à morte de um dos membros do grupo pela polícia que, de boazinha, não tem nada.
Os únicos momentos que Josh tem para si é com a namorada mas, mesmo esses momentos vão se deteriorando aos poucos, com maior envolvimento da menina com a família de sociopatas. Josh não tem idéia do tamanho do problema e sua perplexidade só vai aumentando na medida dos acontecimentos, especialmente quando passa a ser assediado por Leckie (Guy Pierce), um detetive de polícia que quer usá-lo como instrumento para derrubar toda a gangue.
Esse envolvimento com Leckie torna Josh um alvo de dúvidas para a família e sua vida termina de desmoronar graças à impressionante manipulação de Janine. Aliás, Jacki Weaver faz a segunda mãe malvada que concorre a um Oscar de Melhor Atriz esse ano, sendo a outra Melissa Leo de O Vencedor (no caso, atriz coadjuvante). Seu papel é muito convincente, daqueles que dá vontade de pular na tela para agarrá-la pelo pescoço.
Mas a grande estrela, para mim, é mesmo Frecheville, que parece não estar atuando quase nada em vista de sua completa impassividade mas que consegue deixar transparecer seus sentimentos em sutis movimentos e olhares. A vida de seu personagem entra em uma espiral de violência e morte da qual o espectador não vê saída e o ator consegue se segurar no papel de maneira muito eficiente, até o esperado mas mesmo assim chocante final.
Nota: 8 de 10
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Pensem antes de escrever para escreverem algo com um mínimo de inteligência. Quando vocês escrevem idiotices, eu apenas me divirto e lembro de Mark Twain, que sabiamente disse "Devemos ser gratos aos idiotas. Sem eles, o resto de nós não seria bem sucedido."